Mais uma vez, a capital de Santa Catarina é destaque nacional pelo aumento do custo de vida frente à média do país. Com alta de 1,20% em janeiro, Florianópolis registrou a maior variação da inflação entre as 17 capitais brasileiras que têm pesquisa desse indicador. No acumulado de 12 meses até janeiro, registrou alta de 6,63%.  

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O Índice de Custo de Vida (ICV), que mede a inflação de Florianópolis, é calculado pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de SC (Udesc), com apoio da Fundação Esag (Fesag).

É apurado com base na mesma metodologia usada pelo IBGE para a inflação oficial do Brasil, que em janeiro deste ano teve alta de 0,16%, a menor para o mês desde o lançamento do plano Real em 1994.

No mês de janeiro, a maior alta veio do setor de transportes. Foi puxada pelo grupo de transportes, em especial pelo reajuste de 19% do transporte coletivo. Mas também teve influência do aumento de preços de alimentos, cujo grupo teve alta de 0,51%, dos grupos de despesas pessoais (3,83%), habitação (0,49%) e saúde e cuidados pessoais (0,43%).  

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Sobre a alta do transporte coletivo, o secretário de Infraestrutura de Florianópolis, Rafael Hahne, explicou que o que mais pesou na alta das tarifas foram o aumento do combustível, impacto do dólar nos preços de insumos e a volta gradual da reoneração da folha dos trabalhadores pelo INSS (encargo patronal).

Também teve uma alta maior porque a passagem pelo cartão não subia há dois anos em função da pandemia. Foi postergado o reajuste para ver se mais pessoas voltavam a usar o transporte, demanda que caiu durante a fase de isolamento social. O secretário também disse que os cálculos seguem uma planilha complexa de gastos.

– Existe uma planilha do processo licitatório. Essa planilha tem justamente todo o custeio e todas as receitas do sistema. E essa planilha é atualizada. A gente tem uma consultoria da Fepese que está dando suporte para o município desde o ano passado para fazer  justamente a validação do encaminhamento do nosso controle do sistema de transporte coletivo – destacou o secretário Rafael Hahne.

Inflação de janeiro de 2025

1Florianópolis(SC)1,20% 
2Aracaju (SE)0,59% 
3Brasília (DF)0,56% 
4Belo Horizonte (MG)0,43% 
5Salvador (BA)0,38% 
6Grande Vitória (ES)0,35% 
7Belém (PA)0,22% 
 BRASIL0,16% 
8São Paulo (SP)0,15% 
9Recife (PE)0,12% 
10Fortaleza (CE)0,11% 
11Rio de Janeiro (RJ)0,06% 
12Campo Grande (MS)0,04% 
13Goiânia (GO)-0,03% 
14Porto Alegre (RS)-0,03% 
15São Luís (MA)-0,08% 
16Curitiba (PR)-0,09% 
17Rio Branco (AC)-0,34% 
Inflações apuradas pelo IBGE nas demais cidades e pela Udesc Esag em Florianópolis


Inflação nos últimos 12 meses:

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1Florianópolis (SC)*6,63% 
2São Luís (MA)5,30% 
3Belo Horizonte (MG)5,25% 
4Salvador (BA)4,91% 
5São Paulo (SP)4,90% 
6Brasília (DF)4,88% 
7Aracaju (SE)4,67% 
8Goiânia (GO)4,61% 
9Campo Grande (MS)4,61% 
 BRASIL4,56% 
10Fortaleza (CE)4,31% 
11Rio de Janeiro (RJ)4,29% 
12Grande Vitória (ES)4,23% 
13Belém (PA)4,15% 
14Curitiba (PR)3,93% 
15Rio Branco (AC)3,91% 
16Recife (PE)3,83% 
17Porto Alegre (RS)3,40% 
Inflações apuradas pelo IBGE nas demais cidades e pela Udesc Esag em Florianópolis

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