A economia do Brasil encerrou o segundo trimestre com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,4%, resultado da alta de 0,6% dos serviços, de 0,5% da indústria e queda de -0,1% da agropecuária.  A variação do PIB, divulgado na manhã desta terça-feira pelo IBGE, é menor que a do primeiro trimestre do ano, que cresceu 1,4% puxado pela agropecuária. A perda de ritmo é um resultado esperado devido a alta taxa de juros, de 15% ao ano, para conter a inflação, que também impactou a economia de SC.

Continua depois da publicidade

O PIB do Brasil cresceu 3,2% nos últimos 12 meses até junho e no primeiro semestre deste ano teve alta de 2,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A formação bruta de capital fixo, que mede a variação dos investimentos, recuou -2,2% no segundo trimestre frente ao primeiro deste ano e a taxa de investimentos, que impulsiona o crescimento, ficou em 16,8% do PIB no período, acima dos 16,6% do segundo trimestre de 2024.

Os dados de PIB dos estados saem mais de um ano depois. Até lá, um indicador considerado é o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), apurado pelo Banco Central e considerado uma prévia do PIB. Em SC, ele mostrou que no primeiro semestre a economia catarinense cresceu 6,1%, mais do que o Brasil, que ficou em 2,5% segundo esse dado de hoje do IBGE.  

Acompanhado com atenção pelo Observatório Fiesc, este indicador do BC mostrou que, a exemplo do Brasil, a economia de SC também perdeu ritmo no segundo trimestre de 2025. O IBCR-SC de junho frente ao mês anterior, maio, teve queda de -0,1%. Em maio, na comparação com abril recuou 0,3% e em abril frente a março a queda foi maior, de 1,3%.

No mês de junho em relação a maio, a indústria catarinense recuou -0,8% e a maior queda foi no setor de móveis de madeira, com retração de -8,7%. O comércio ampliado cresceu 0,2% frente ao mês anterior, puxado pelas vendas de tecidos, vestuário e calçados, que cresceram 6,6%. E o setor de serviços teve queda de -0,7% em junho frente a maio, com maior recuo no turismo, de -3,7%.

Continua depois da publicidade

Para o segundo semestre, em especial os últimos cinco meses, a economia de SC terá impactos negativos dos juros altos e do tarifaço. Mas como a economia do estado é diversificada e tem crescido acima da média, é possível que o resultado geral no ano seja com alta do PIB maior do que a do Brasil.

Considerando o primeiro semestre, quando o estado cresceu 6,1% segundo o IBCR, Santa Catarina foi bem. A produção industrial teve alta de 4,4%, o comércio ampliado avançou 4% e os serviços cresceram 4,6%.

No Brasil, considerando esse mesmo indicador, a produção industrial cresceu 1,2%, o comércio ampliado avançou 0,5% e os serviços cresceram 2,5%. A partir de agora, é preciso acompanhar os impactos do tarifaço e dos juros na economia catarinense.

Leia também

Dono do Fort, Grupo Pereira abre seis lojas da rede Comper em SC; duas nesta quarta

Inventor, industrial funda duas multinacionais e o maior parque empresarial do Brasil

Gigante global do agro investe em empresa de biotecnologia de Florianópolis

Pato laqueado de Pequim será “made in Brazil”, mas de Santa Catarina

Inventor, industrial funda duas multinacionais e o maior parque empresarial do Brasil

Startup de SC “médicos das árvores” recebe aporte para desenvolver IA