Recentes negócios bilionários deixaram claro que o colágeno é um dos derivados de proteína mais valorizados no mundo do agro. Atentos a isso e à importância de inovações para melhorar a qualidade dos alimentos, o Grupo JBS, por meio da JBS Novos Negócios, e o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo firmaram uma parceria para pesquisas nessa área. Acabam de inaugurar em Campinas, São Paulo, o Centro de Inovação e Desenvolvimento de Colágeno, pioneiro no mundo.
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Além do ineditismo do projeto, também é inédita a parceria entre uma empresa privada e um instituto governamental. O foco das pesquisas serão soluções inovadoras em colágeno e ingredientes naturais para nutrição, bem-estar e qualidade de vida, informam os investidores. Nos últimos anos, o consumo de colágeno cresceu no Brasil 167%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad).
O Grupo JBS atua nesse segmento por meio da JBS Novos Negócios, com as marcas Novapron+, para aplicação funcional do colágeno em alimentos, e com a marca Genu-in, focada em peptídeos bioativos.
O valor do investimento em conjunto não foi informado, mas o novo centro de inovação vai funcionar nas dependências do Ital, em Campinas. Mas as duas organizações informaram que as pesquisas serão em áreas de produtos de carnes, lácteos, itens para pets, aromas, condimentos e outros ingredientes para alimentos.
– Pretendemos aumentar as aplicações tecnológicas em matrizes alimentícias mais versáteis, desde balas até pães e chocolates, de forma que a proteína tenha funções diferenciadas como emulsificante, espumante, gelificante e outras. Também queremos evoluir em peptídeos bioativos de colágeno com capacidade antioxidante, anti-inflamatória e, quem sabe, com potencial antiglicêmico – destaca Gisele Camargo, diretora de Programação de Pesquisa e vice-diretora do Ital, líder desse trabalho que está começando.
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Seguindo o perfil desse tipo de pesquisa e desenvolvimento, o plano vai desde identificar ingredientes até fazer produtos em escala piloto para depois lançar no mercado, em parceria com clientes. De acordo com o presidente da JBS Novos Negócios, Nelson Dalcanale, essas pesquisas poderão trazer importantes avanços em soluções voltadas a mais saúde e longevidade.
– A colaboração entre JBS e Ital reflete um compromisso com a inovação sustentável e a promoção da saúde por meio da ciência. Somos uma empresa de multiproteína e, quando entramos em um segmento, ingressamos para fazer a diferença. Acreditamos que temos muito a fazer em desenvolvimento, tecnologia e pesquisas considerando uma demanda cada vez maior por proteína – afirma Dalcanale.
Para a diretora geral do Ital, Eloísa Garcia, essa aproximação com a JBS, com esse projeto, é importante para estreitar laços com o setor produtivo.
– O Ital está numa trilha ao longo dos últimos anos de reforçar muito mais a parceria público-privada, pois sabe que juntando a expertise que a indústria tem e a capacidade do Ital, em termos de laboratórios e plantas-piloto e competência dos pesquisadores, pode acelerar o desenvolvimento de ingredientes e produtos inovadores – explica Eloísa Garcia.
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Maior empresa de proteína do mundo, a brasileira JBS, que tem forte atuação em Santa Catarina com a empresa Seara e outras, também tem outro projeto inédito em inovação para alimentos sendo implantado em Florianópolis. É o primeiro centro mundial de proteína cultivada, o JBS Biotech Innovation Center, que está com as instalações físicas em avançada fase de construção.
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