A crise no Ministério da Educação (MEC) que culminou com a demissão do ministro Milton Ribeiro ameaça devolver o projeto de federalização da Furb, em Blumenau, à geladeira. O tamanho do estrago depende do que será feito dos atuais secretários e diretores da pasta e de quem substituirá o agora ex-ministro, que havia declarado apoio ao movimento blumenauense.
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Na Furb, todos estão de olho na Secretaria de Ensino Superior (Sesu), onde tramita o projeto. Hoje ela é comandada por Wagner Vilas Boas de Souza. O apoio da equipe dele seria vital aos planos de federalização.
Na avaliação da reitora Marcia Sardá Espindola, se o novo ministro for alguém com quem o senador Jorginho Mello (PL) tem trânsito, o estrago pode ser menor. O parlamentar tem sido responsável pela articulação política em Brasília. Em julho de 2020, o reitor da Unoesc, Aristides Cimadon, esteve entre os cotados para assumir o MEC — por indicação do senador.
Orçamento
A Furb corre contra o tempo para conseguir dinheiro no orçamento federal de 2022 depois da última reunião no MEC, no dia 8 de março. Seriam necessários cerca de R$ 300 milhões para criar a Universidade Federal do Vale do Itajaí (UFVI), para quem a instituição municipal de Blumenau cederia estrutura e servidores. Hoje, há apenas R$ 40 milhões no orçamento. Devido à lei eleitoral, isso precisa ser garantido até abril.
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