Começa a ganhar corpo dentro da Secretaria de Turismo e Lazer de Blumenau uma ideia de reavaliação do modelo econômico e financeiro da Oktoberfest. Trocando em miúdos, a pasta quer analisar novas possibilidades para aumentar a geração de receita – e o lucro – a partir da maior atração do calendário de eventos da cidade. Em um primeiro momento, isso passa pela definição da nova cervejaria oficial.

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A licitação lançada na última semana para escolher o principal operador de chope da festa é um indício deste movimento. Como a coluna antecipou na versão digital, o contrato com a empresa vencedora será enxuto, válido apenas para 2022. A organização classifica a edição deste ano como um evento de transição, uma espécie de travessia entre a pandemia e a normalidade. Isso, segundo a prefeitura, justificaria o vínculo curto. Ao mesmo tempo, permite que o poder público ganhe tempo para rever alguns preceitos.

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Em 2014, a Brasil Kirin venceu a concorrência e ocupou, com a Eisenbahn, o posto de cervejaria oficial da Oktoberfest entre 2015 e 2019 – o acordo era para seis anos, mas a marca, depois do cancelamento da edição de 2020, decidiu abrir mão do direito em 2021, antes mesmo de o evento ser oficialmente descartado. O contrato longo teve suas vantagens. A maior delas foi o fato de ter sido amarrado para que a empresa vencedora erguesse um novo pavilhão na Vila Germânica, o Biergarten, depois incorporado ao patrimônio do município. A estrutura adicional elevou o complexo a outro patamar.

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Por outro lado, este vínculo mais longevo torna a Oktoberfest uma partida restrita a poucos jogadores, considera o secretário Marcelo Greuel. Ele não descarta mudanças mais profundas no formato desta parceria, embora reconheça que a proposta atual funcionou e foi benéfica para a Oktoberfest – no período da Eisenbahn, o lucro da festa disparou de R$ 1,8 milhão para R$ 5 milhões.

— O modelo de seis anos (do contrato) é bom, dá tranquilidade. Mas não quer dizer que estamos tirando o máximo da festa — diz.

Greuel entende que seria possível “descentralizar” a Oktoberfest, reduzindo operações hoje concentradas nas mãos de poucos fornecedores. Cada setor da Vila Germânica poderia ter uma cervejaria oficial diferente, por exemplo. Depois de uma licitação do modelo “tradicional” que terminou sem propostas e de um novo processo restrito apenas à edição de 2022, há tempo para pensar em novas alternativas para o futuro.

Aliás

As desapropriações que a prefeitura de Blumenau tem feito de terrenos vizinhos ao Parque Vila Germânica são outro sinal desse planejamento de longo prazo. Não quer dizer que isso vai acontecer agora ou em algum momento, mas elas abrem espaço para que o complexo possa crescer de tamanho se for necessário.

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