Para marcar data, empresa lançou versão "retrô" da clássica laranjinha (Foto: Pedro Machado, NSC Total)
Tem empresa tradicional de Santa Catarina de aniversário nesta quarta-feira (13), e a data é daquelas especiais. A fábrica de refrigerantes Max Wilhelm, que nasceu em Jaraguá do Sul mas depois se mudou para Blumenau, está completando 100 anos de história, juntando-se a um seleto clube de centenárias indústrias catarinenses (veja a lista abaixo).
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Para celebrar o primeiro século de vida, a marca preparou novidades. Uma delas é o lançamento de uma edição especial da laranjinha, o carro-chefe da empresa, em uma garrafinha de vidro. Chama a atenção o rótulo “retrô”, que remete aos primórdios da Max Wilhelm.
— As garrafinhas de vidro descartáveis resgatam um pouco da memória afetiva do catarinense — diz o presidente da companhia, Otávio Greuel.
Veja fotos da fábrica da Max
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Foto: Pedro Machado, NSC Total
Foto: Pedro Machado, NSC Total
Foto: Pedro Machado, NSC Total
Foto: Pedro Machado, NSC Total
Foto: Pedro Machado, NSC Total
Foto: Pedro Machado, NSC Total
Foto: Pedro Machado, NSC Total
Foto: Pedro Machado, NSC Total
Foto: Pedro Machado, NSC Total
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Foto: Pedro Machado, NSC Total
Foto: Pedro Machado, NSC Total
A Max Wilhelm precisou refazer toda a arte da embalagem a partir de uma foto antiga, desbotada e rasgada. Deu certo e o final foi feliz.
A laranjinha representa 60% da produção e das vendas da Max, mas o portfólio é mais amplo, com 18 produtos. Além de outros sabores de refrigerantes – como a também tradicional Tubaína –, a marca tem uma linha de energéticos, tônicas e drinks alcoólicos, além de distribuir água mineral. Segundo Greuel, produtos com zero açúcar estão no forno para serem lançados.
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A companhia é cautelosa com números, mas abriu à coluna que a produção mensal gira em torno de um milhão de garrafas – há tamanhos variados, que vão de 200ml a 2 litros. O faturamento, porém, é mantido sob sigilo. Segundo Greuel, as vendas vêm melhorando e em 2025 “já passaram um pouco” do registrado em 2024. A expectativa é de um crescimento de 3% neste ano.
Aliás
A Max também tem buscado oportunidades no mercado internacional nos últimos anos. A empresa tem fechado contratos para exportar contêineres de Tubaína e guaraná para o Japão, principalmente.
Quais indústrias de SC já passaram dos 100 anos
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Cia. Hering (1880) – Criada em Blumenau no século 19, tornou-se uma das maiores do Brasil em vestuário e implantou uma bem-sucedida operação no varejo. Em 2021, foi comprada pelo Grupo Soma (Foto: Divulgação)
Baumgarten (1881) – Começou imprimindo jornais em Blumenau e, depois, virou uma das maiores gráficas de rótulos das Américas. Em 2016, fundiu-se com empresas alemãs, criando a All4Labels (Foto: Patrick Rodrigues)
Döhler (1881) – Também fundada por um imigrante alemão, em Joinville. É conhecida como uma das principais marcas de produtos para cama, mesa e banho do Brasil. (Foto: Reprodução)
Grupo H. Carlos Schneider (1881) – O grupo, de Joinville, reúne sete empresas de diversos segmentos, entre elas a Ciser, fabricante de soluções em fixação, e a Hacasa, de empreendimentos imobiliários. São mais de 2 mil funcionários e 20 mil clientes em mais de 25 países (Foto: Divulgação)
Karsten (1882) – Fabrica artigos de cama, mesa e banho. Em 2014, integrantes da família fundadora decidiram vender uma fatia da empresa de Blumenau para novos acionistas (Foto: Lucas Correia, BD)
Aludin e Grupo Fretta (1895) – Nasceu na colônia de Azambuja, hoje Pedras Grandes. Destaca-se no varejo com a rede Casas Fretta, mas diversificou negócios e entrou na construção civil e na indústria (Foto: Divulgação)
Pureza (1905) – Localizada em Rancho Queimado, começou as atividades fabricando cerveja, mas hoje é mais conhecida pela linha de refrigerantes, especialmente do sabor guaraná (Foto: Divulgação)
Firma Weege/Malwee (1906) – Nasceu como comércio, cuja principal atividade em Jaraguá do Sul era o açougue. Antes de lançar a marca de moda Malwee, a família também teve frigorífico (Foto: Divulgação)
Lepper (1907) – Outra grande fábrica têxtil fundada em Joinville e atuante até hoje com uma linha de produtos de cama, mesa e banho (Foto: Divulgação)
Hoepcke (1913) – Fabricante de rendas e bordados fundada em Florianópolis, mas que no fim da década de 1970 transferiu as atividades para São José (Foto: Reprodução, Fiesc)
Hemmer (1915) – Nasceu quando um imigrante alemão decidiu produzir chucrute em Blumenau. Depois vieram as conservas e molhos como mostarda e ketchup. Foi comprada pela Kraft Heinz (Foto: Artur Moser, BD)
Minancora (1915) – Criada pelas mãos de um farmacêutico português em Joinville e famosa pela pomada homônima usada para tratamento da pele (Foto: Reprodução, Facebook)
Wanke (1918) – Iniciou sua trajetória como fábrica de instrumentos agrícolas montada para garantir a subsistência de uma família de imigrantes austríacos (Foto: Divulgação)
Altenburg (1922) – Maior fabricante de travesseiros da América Latina, iniciou pela imigrante Johanna Altenburg em Blumenau. Fabrica artigos de cama, mesa e banho (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Gaitas Hering (1923) – A história começou pelas mãos de operários e sobreviveu. De Blumenau, é a única empresa de toda a América Latina que ainda produz gaitas de boca harmônicas (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Max Wilhelm (1925) – Famosa principalmente pelo refrigerante de laranjinha, a empresa nasceu em Jaraguá do Sul, mas consolidou fábrica em Blumenau (Foto: Pedro Machado, NSC Total)