O longo processo de recuperação judicial da Teka, que se arrasta desde 2012, terá em breve um novo e importante capítulo. Até novembro deve ser concluída, por determinação judicial, uma nova auditoria para apontar a real situação financeira da tradicional companhia têxtil de Blumenau. A partir desse documento, a atual gestão da empresa, a cargo do fundo de investimentos Alumni, deve adotar novas medidas de reestruturação dos negócios,
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O laudo, independente, será conduzido pela Grant Thornton, referência em auditoria. Pelo serviço, a empresa receberá R$ 1,37 milhão. A proposta de honorários, aceita pela direção da Teka e pela Alumni, foi homologada em decisão judicial publicada na última segunda-feira (8) pelo juiz Uziel Nunes de Oliveira, da Vara Regional de Falências, Recuperação Judicial e Extrajudicial de Jaraguá do Sul.
No despacho, o magistrado reiterou que, conforme decisão proferida em segundo grau pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a Teka pagará R$ 560 mil deste valor após a conclusão da auditoria. A Alumni deverá arcar com restante, cerca de R$ 818 mil, podendo quitar o saldo em até duas parcelas. O juiz determinou o início imediato dos trabalhos e destacou que a auditoria deverá ser concluída em até 60 dias.
Como é a fábrica da Teka em Blumenau
Internamente, há confiança entre membros da nova gestão de que a auditoria valide números financeiros e reforce a tese de que a Teka, mesmo com todos os problemas nos últimos anos, é uma companha operacionalmente viável e possível de ser sanada. Confirmada essa hipótese a partir do resultado do laudo, existe a expectativa de convocação de uma assembleia de credores para apresentação de um novo plano de recuperação judicial, com uma nova proposta para o pagamento de dívidas, em especial trabalhistas.
Neste contexto, a auditoria é crucial e pode representar um “divisor de águas” para a companhia, diz o consultor Angelo Guerra Netto, membro do comitê de reestruturação da Teka.
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Aliás
Na Justiça, a recuperação judicial (RJ) da Teka ultrapassou nesta semana a marca de 7 mil movimentações processuais. É pouco provável encontrar no Brasil outro caso tão extenso e complexo de RJ ainda ativa.
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