A um ano das eleições em que catarinenses votarão para presidente, governador, senador, deputados federais e deputados estaduais, o peso de Blumenau na representação da disputa majoritária no Estado ainda é uma incógnita. Dos poucos nomes já postos no ainda precoce tabuleiro eleitoral, o capital político da cidade, hoje, está representado somente por Décio Lima, pré-candidato à Casa D’Agronômica pelo PT – ele já concorreu ao mesmo cargo em 2022, quando chegou ao segundo turno, e em 2018.
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Para o Senado, o pré-candidato mais próximo da cidade até o momento é Gilson Marques (Novo), que no último pleito se elegeu deputado federal com domicílio eleitoral em Pomerode. Tudo, claro, ainda é muito incipiente. Até a votação em outubro de 2026, as articulações e as alianças na construção de chapas ainda podem alçar outros nomes de Blumenau para essas disputas. Mas, caso o cenário de hoje se mantenha, a cidade tende a ser coadjuvante na majoritária, pelo menos na comparação com os pleitos anteriores.
Nas eleições de 2022, Blumenau teve dois nomes em cabeças de chapa. Além de Lima (PT), também disputou o governo do Estado o ex-promotor Odair Tramontin (Novo). O arranjo partidário da época ainda reservou uma vaga ao ex-senador Dalirio Beber (PSDB), que foi candidato a vice de Esperidião Amin (PP). Nenhuma das duas formações, no entanto, passou sequer perto de ir ao segundo turno.
Voltando um pouco mais no tempo, em 2018, nada mais, nada menos do que os três prefeitos anteriores de Blumenau na época estiveram na majoritária. Décio Lima, pela primeira vez, disputou na cabeça de chapa do PT. João Paulo Kleinübing (na época no DEM) e Napoleão Bernardes (ex-PSDB) foram candidatos a vice de Gelson Merisio (PSD) e Mauro Mariani (MDB), respectivamente. Só Kleinübing flertou com o sucesso ao carimbar uma vaga no segundo turno.
Todos eles, no entanto, acabaram sendo atropelados pela onda bolsonarista, então representada pelo PSL, que elegeu governador Carlos Moisés. O eleitor de Blumenau ignorou a presença de três ex-prefeitos na majoritária e deu a um até então desconhecido bombeiro militar a maior votação na cidade já no primeiro turno – quase 39% dos votos. Embora campanhas pelo voto útil sejam comuns entre entidades associativas e empresariais, o blumenauense já deu mostras de que não é bairrista na urna.
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Certo mesmo, até agora, é que Jorginho Mello (PL) é candidato à reeleição. Também está praticamente definido que o PT terá candidato, até para garantir palanque ao presidente Lula, que também tentará renovar o mandato. Outros nomes da direita, como João Rodrigues (PSD), correm por fora. O prefeito de Chapecó pode receber um gás na candidatura caso o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), dispute a presidência. O nome dele ganhou tração após o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sinalizar que vai tentar a reeleição em São Paulo.
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Enquanto isso, no Legislativo…
Em 2022, Blumenau elegeu dois deputados federais – Ana Paula Lima (PT) e Ismael dos Santos (PSD). Dado o tamanho do colégio eleitoral local, há quem acredite que a cidade possa emplacar até três nomes na Câmara em Brasília, caso não se repita o efeito do voto ideológico em massa em candidatos de outras regiões.
Na eleição passada, nomes de fora, como Carol de Toni, Julia Zanatta, Daniel Freitas e Jorge Goetten, todos em campanha pelo PL, computaram, somados, 31 mil votos de blumenauenses. A quantia representa mais da metade da votação recebida por Fábio Schiochet (União), o deputado federal catarinense eleito com a menor quantidade de votos em 2022 (51.824).
Briga boa na Alesc
A disputa pela Assembleia Legislativa em Blumenau promete ser mais acirrada. Há quatro anos, Blumenau elegeu quatro nomes. Um deles, o delegado Egidio Ferrari (eleito pelo PTB, hoje no PL), abriu mão do cargo para concorrer à prefeitura, consagrando-se vitorioso em 2024. Ivan Naatz (PL) está em campanha para uma vaga de desembargador no Tribunal de Justiça e desistirá de cargos eletivos se alcançar o objetivo.
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Sobram Napoleão Bernardes (PSD) e Marcos da Rosa (União), candidatos naturais à reeleição. Além deles, já falam abertamente que buscarão uma vaga na Alesc o ex-prefeito Mário Hildebrandt (PL) e Odair Tramontin (Novo). Vereador mais votado em 2024, Bruno Cunha (Cidadania) também vem ensaiando uma candidatura, estruturando bases nos bastidores. Fora os demais nomes que surgirem até lá. A concorrência tende a ser grande.
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