É preciso ter calma com a linguagem neutra. O mundo dos progressistas considera um imperativo moral a implementação dos seus “todes” ou “todxs” no novo jeito de escrever. Seria a forma adotada para incluir as pessoas que não se sentem representadas pelos gêneros masculino e feminino.
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Mudanças na língua não ocorrem goela abaixo. Algumas acontecem por lei, como é o caso do Acordo de Unificação Ortográfica, elaborado em 1990, e outras vêm naturalmente. A língua é algo vivo e em permanente mudança, mas no seu ritmo. Geralmente, o modo de falar muda mais rápido do que a linguagem escrita. De todos os jeitos de se expressar, somente alguns são incorporados aos dicionários.
Integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL) e um dos maiores gramáticos do país, Evanildo Bechara explica que um vocábulo entra no dicionário quando é usado amplamente e quando escritores ou certos profissionais sentem a necessidade de incluí-lo. No passado, falava-se cinemateca, depois virou cinema e hoje muitos falam “cine’. São contrações e mutações da linguagem.
Entretanto, de forma empírica e não estatística, percebe-se que a mobilização em torno do tema envolve mais ativistas do que a sociedade em geral. Esta não é uma pauta da sociedade. Este não é um assunto prioritário para a imensa maioria dos pais que têm seus filhos matriculados nas escolas.
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Uma coisa é repudiar com toda a veemência qualquer ato de preconceito seja contra quem for. Essa deve ser uma bandeira de toda a sociedade. Impor uma nova forma de linguagem, contrariando até mesmo a lei atual, não.
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