Após sete meses sem aulas presenciais em Santa Catarina, viés de baixa nas mortes pela pandemia do novo coronavírus, é de bom senso que voltem de forma gradual e com rigorosos protocolos sanitários. Comércio, shopping, bares, restaurantes e academias estão abertos. Há coerência científica em deixar as escolas fechadas? Claro que não.
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Evidente que SC precisa se estruturar e os professores, servidores e alunos em grupo de risco devem ser preservados. A secretaria estadual da Educação informou que os pais que não se sentirem seguros poderão optar por continuar no ensino remoto. O mesmo vale para os professores.
O Estado irá contratar temporários se houver necessidade. Pesquisadores apontam que o aumento no número de casos na Europa e Estados Unidos (EUA) ocorreu muito mais pelas férias no hemisfério norte e a falta de cuidados de jovens e adultos por não usarem máscaras. Não há relação de causa e efeito, segundo a ciência, com a volta das aulas presenciais.
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Há segurança absoluta nesse retorno? Claro que não. Temos que fazer tal qual países da Europa e nos EUA, havendo aumento de casos, recua-se pontualmente onde houver a necessidade.
Na Alesc há quem defenda que a volta às aulas ocorra somente após a vacina. É inacreditável. Se formos esperar a vacina ser descoberta, efetivamente testada, distribuída e que ela traga o efeito imunológico desejado, perde-se a perspectiva do retorno. É jogar para a torcida e para a sua base eleitoral apenas.
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Impacto nas crianças
Há um risco enorme com o fechamento das escolas na saúde no desenvolvimento das crianças. Estudos apontam aumento de ansiedade e depressão trazidos pelo confinamento. Teme-se, também, aumento da evasão escolar e queda na qualidade do conteúdo assimilado com déficit de aprendizagem causado pelo ensino remoto.
Além do contato como os coleguinhas, que ajuda no desenvolvimento psicossocial, o ambiente escolar é importante para muitas crianças na oferta da merenda escolar e como instrumento de identificação e denúncia de casos de violência sofridos pelos estudantes dentro de casa.
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Que o Estado e as prefeituras preparem as escolas, se estruturem para testar e rastrear os casos suspeitos e comprovados. E que voltem às aulas presenciais onde a condição é favorável e que se dê liberdade para a comunidade escolar decidir se adere ou não.
Nenhum professor será obrigado a retornar, segundo disse o secretário estadual de educação, Natalino Uggioni. Tampouco, os alunos. Portanto, liberdade aos que desejam a volta dentro dos protocolos adequados.
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