Estou gostando do campeonato. É a primeira observação da coluna para o que vejo os clubes apresentando. Não vou nessa de que ainda é cedo, embora reconheça as dificuldades dos clubes no início de uma temporada. O crescimento será natural com a chegada do entrosamento e do ritmo de jogo. Alguns nem conseguirão. Outros surpreendem.
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Observem bem a montagem dos grupos e neles sempre há o diferencial e refiro-me aos atletas. Gosto da expressão diferencial, aquele que está acima dos demais tecnicamente e por isso decide. Já vi alguns com apenas quatro rodadas do campeonato.
O que vem jogando o goleiro Douglas, do Avaí, é justamente o diferencial de um time. Por ele e com ele, o Avaí escapou bem nas três rodadas iniciais. Muita segurança. Para alguns, espanta a performance do Hercílio Luz. Sabemos que o Leão do Sul sempre montou boas equipes e carrega consigo dois títulos estaduais. Não só Garrati, como jogador determinante, mas também alguns coadjuvantes crescem a cada jogo. Ruy é o pensador do time do Concórdia, o tipo do meia com grande visão de jogo.
O Barra foi o time que mais surpreendeu, mesmo sem os resultados positivos. Dudu Silva foi quem se apresentou até agora como líder em campo.
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Precisamos de mais algumas rodadas para constatar o crescimento de alguns jogadores que podem fazer a diferença nas equipes. Thiago Real, por exemplo, contundiu-se logo no primeiro jogo, depois de marcar para a Chapecoense. É jogador conhecido e vai acrescentar muito quando estiver em plenas condições. Existem outros de boa qualidade em várias equipes que tendem a somar à medida que o campeonato avance.
Os times crescem a cada rodada e qualificam a competição. As equipes vão se soltando e mostram mais coragem para o ataque, aí os gols começam a surgir. Chegamos ao final de semana e vamos para a 5ª rodada. O melhor jogo que vi até agora foi Hercílio Luz x Brusque, com cinco gols bem construídos. Esse é o nosso campeonato.
Galeria dos campeões em ação no Catarinense 2022:
O melhor?
O Concórdia me chamou atenção, não só pela vitória diante do Figueirense, mas pela postura e organização tática em campo. Com Itamar Schulle no comando, não chega a ser novidade. O time é forte, pegador e não abre mão de jogar, o que é uma característica do técnico. O volante Felipe Manoel pega e joga, Arez joga no melhor estilo do antigo meia direita, que chega para concluir, e Rafael Marcos pelo lado do campo abre espaço para Lucas Batatinha jogar. Gostei muito do Galo do Oeste.
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E o artilheiro?
Quem tem o centroavante marcador? Tito, do Hercílio Luz, veio da Portuguesa. Estreou dias depois de chegar a Tubarão. Marcou o segundo gol do Leão do Sul contra o Brusque e saiu no intervalo. E certamente vamos vê-lo neste domingo, diante do Figueirense.
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Perotti, da Chapecoense, sabe marcar, Quirino, do Avaí, e Dudu Beberibe, do Barra, entre outros que ainda não vi, podem acontecer.
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Como trabalhar?
Em um campeonato de grande equilíbrio, o que é mais importante para um time? Condições e trabalho. Não me refiro apenas ao que os clubes possibilitam aos técnicos, mas sim e também as torcidas. A pressão existe. Profissional que não tem equilíbrio emocional para superá-la tem que procurar outra profissão. Assim aconteceu com Paulo Massaro, demitido do Joinville, muito por conta do desentendimento com a torcida.
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Claudinei Oliveira
Alguém pode explicar o que acontece com parte da torcida do Avaí e o técnico? Ele está na história do clube. Títulos e acessos, trabalho, conhecimento e identificação com o clube. Não tem sido o suficiente para que Claudinei Oliveira mal chega ao local de trabalho e as vaias e provocações comecem, antes mesmo do jogo. Que antipatia é esta? Claro que não são todos.

No futebol hoje há heróis. Ganham todos e um somente perde, que é o técnico. A renovação de contrato de Claudinei se deu por mérito dele. A torcida, que sempre foi fundamental, precisa entender. Ou joga junto, ou vai prejudicar. Há momento para tudo no futebol. E este é o momento de apoio ao time e não de pressioná-lo.
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Jogou muito
No programa Giro Total, da CBN/Diário, neste domingo, dia 6, às 14h, você confere a conversa que tive com um ex-jogador que encantava em campo. Era tudo que peço hoje em dia. Uma visão de jogo incrível, inteligente, meia armador que chegava para concluir o lance, enfim, o que falta hoje em muitos clubes: Balduino, pequeno gigante e os conceitos dele sobre o futebol atual. Vale a pena ouvir. Não perca!
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Giro Total
Positivo:
Estou gostando das atuações da árbitra Charly Deretti. Em cima do lance, bom reflexo e critério nas marcações. A FCF está apostando muito nela este ano.
Negativo:
Um jogo apenas e ele não foi bem. É pouco para avaliar. Considerando que não é novo na arbitragem, esperava mais de Cinésio Mendes Jr. Ele teve atuação mais difícil ou confusa até agora.
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Atenção:
O público está aumentando a cada jogo nos estádios em SC. Precisamos também aumentar o cuidado e o respeito pelo protocolo contra a Covid-19.
Constatação:
O Brusque não tem um bom começo de Estadual. Tem dificuldade de encontrar o jogo em cima de quem sempre resolveu: Thiago Alagoano e Edu. Os substitutos ainda deram o ar de sua graça.
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