Partimos do princípio de que futebol sem torcida não existe. Arquibancada, geral e sociais dão o brilho que o futebol precisa para se tornar não só um jogo e sim em um espetáculo. E assim tem sido nos jogos do Avaí e do Criciúma. É uma força a mais que os times precisam. Os jogos do Tigre têm chamado atenção pelo show e a participação da torcida. E na Ressacada não tem sido diferente.
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Da torcida surge a energia a mais para o atleta. Um time sem torcida não tem identidade. Lembro da mesma forma o Figueirense. Por tudo que passou em gestões passadas, sem a base – que é o que mais rico pode ter um time de futebol –, com dívidas e caindo para a terceira divisão nacional e longe do título estadual, ainda consegue levar um grande público ao Estádio Orlando Scarpelli. Fiel nação alvinegra que nunca faltou e que aos poucos participa da retomada do clube ao grande cenário do futebol. Aliás, o time não tem ajudado.
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Emana da grande torcida o grito que baliza o resultado final de um jogo. Que transmite energia e que lembra ao atleta a importância da camisa que ele está vestindo. O campo tem que ajudar. O torcedor muda resultados e transforma o ritmo do jogo. É, na verdade, um 12º jogador em campo ou quase lá.
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O que vi na Ressacada em dois jogos gigantes do Avaí, contra São Paulo e Palmeiras, me levou aos anos 1970, onde um jogo de futebol era uma festa de brilho, colorido, alegria e emoção, tornando-se um verdadeiro espetáculo. O futebol transforma e o torcedor precisa estar sempre em dia com o coração para as fortes emoções.
Nos grandes encontros de futebol, o que comanda muitas vezes não é a classe, não é o padrão catedrático. Tem que haver raça, determinação, organização tática, vontade e é isso que tenho visto no nosso representante da Série A, o Avaí. Embalado pela fiel torcida. O futebol com estádio cheio não é apenas um simples jogo. É muito mais do que isso. Nelson Rodrigues, o maior dramaturgo brasileiro, jornalista, fiel torcedor do Fluminense, já dizia: “Estava escrito a mil anos que o futebol seria o esporte das multidões”.
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Verdade. Multidões que transformam o jogo. Tem sido assim na Ressacada, no Heriberto Hülse e, em menor escala, mas não menos importante, no Orlando Scarpelli. Já provamos que podemos mais, seja a série que for. Vamos avançar mais e o momento passa pela importância do torcedor no futebol. Repito. O campo precisa ajudar.
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O elo
Alguém numa função representativa para fazer a ligação com o torcedor é o que cada clube devia ter. O Avaí tem. Kaká de Paula tem o sangue do futebol na veia, pois está no meio desde que o pai foi atleta. Avaiana há muito, infiltrou-se entre os notáveis azurras e foi reconhecida. Hoje exerce esta função que julgo determinante para o torcedor.
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Ela é a ponte do clube com a torcida e tem autonomia para resolver qualquer dificuldade, especialmente em dia de jogos. E tem feito isso com amor e carinho.
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Anos 1970
Menos de 15 mil torcedores nos jogos do Orlando Scarpelli não dava para aceitar. Torcidas femininas da época davam brilho, passando a semana picando papel para atirá-los festivamente na entrada do time em campo. Criou-se também a torcida do talco, a exemplo do pó de arroz do Fluminense, no Maracanã. O estádio não tinha o conforto de hoje.
Em Joinville, o show era o mesmo com fitas rubro-negras, fogos em volta do Ernestão. Em campo, um time imbatível, bem diferente dos tempos atuais. Isso também ajudava muito.
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Instituição
Já diria o saudoso presidente José Mauro Ortiga: “Não quero saber quem é o adversário. Vamos a campo e isso é o que importa”. Verdade. A instituição como um todo é o que vale. Mesmo assim é preciso ter time. E em alguns casos o torcedor anda muito desconfiado.
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Ídolos
Todo time deve ter um ídolo capaz de chamar o torcedor aos jogos. O que é um ídolo? Não basta ser um bom jogador ou craque. É preciso identificação, participação, liderança dentro e fora de campo. Perguntei ao Marquinhos Santos quem era o ídolo do Avaí no momento. E ele me respondeu: Vladimir. Tem tudo que um líder precisa ter. E no Figueirense? Fácil: o goleiro Wilson. No Criciúma não há este jogador. Marquinhos Gabriel se destaca, mas falta identificação com o clube e a cidade.
A Chapecoense já teve muitos. Perotti, de altos e baixos em campo, é o que mais se identifica com o clube e a cidade atualmente. Falta-lhe muito para ser o grande ídolo da torcida.
O campeão estadual também não tem este ídolo, cuja liderança não se discute, chama o público e dá credibilidade ao time. O Brusque teve recentemente Thiago Alagoano. Ficou por aí.
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Somos vice
Santa Catarina é vice-campeã brasileira de atletismo, posição conquistada no Troféu Brasil do último domingo, dia 26. No Sala VIP deste domingo, dia 3, dentro do programa Giro Total, às 14h, na CBN Floripa, vamos conversar com o presidente da Federação Catarinense de Atletismo para saber um pouco mais da conquista e a importância.
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Giro Total
> Nova direção:
A CBF levou para o cargo de diretor-geral da Comissão de arbitragem Nacional Wilson Luiz Seneme, que aliás nunca foi um árbitro de primeira linha do país. Ele já foi por seis anos presidente do Comitê e Arbitragem da Conmebol. Também é membro do comitê de arbitragem da Fifa.
> A equipe:
Seneme tem totais condições de elevar o nível da arbitragem brasileira. Levou para a equipe árbitros que encerraram a carreira recentemente, como Péricles Bassol e Ricardo Marques. E trouxe para a comissão o catarinense Giuliano Bozzano.
> Muito ruim:
Temos vários nomes que já poderiam ter se aposentado. Um deles passou por aqui recentemente, e com atuação desastrosa. Wagner do Nascimento Magalhães foi desastroso. Pergunto. Será que o analista de arbitragem do jogo foi fiel no relato à atuação?
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