Em posicionamento semelhante ao adotado pelo prefeito Adriano Silva, a maioria dos vereadores de Joinville se mostra favorável ao voto impresso. Conforme moção apresentada no começo de julho e com assinaturas sendo registradas até o início desta semana, onze dos 19 vereadores da cidade se disseram a favor de proposta de criação do chamado voto auditável. Mais vereadores podem assinar o documento, a ser votado nas próximas semanas.
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O registro da moção partiu do vereador Wilian Tonezi (Patriota), com assinatura de mais dez parlamentares. A moção apoia a aprovação de proposta de emenda constitucional (PEC) para a adoção do voto impresso, para eventual posterior verificação – o sistema de votação com urnas eletrônicas é mantido. A PEC foi apresentada em 2019 pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) e está em análise no Congresso Nacional. “Os custos da implementação do sistema auditável são mínimos quando comparados aos seus benefícios”, alega a moção da Câmara de Joinville, citando a maior confiabilidade do sistema de votação. Se aprovada, a moção será enviada aos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.
Adriano Silva, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, se declarou “totalmente favorável” ao voto impresso. “Quem não deve, não teme. Se o sistema funciona, por que não ter o voto impresso para comprovarmos e ter uma metodologia de auditoria?”, alegou o prefeito de Joinville.
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O TSE tem se posicionado a favor da manutenção do atual sistema. “Desde que foi adotada no processo eleitoral, em 1996, a urna eletrônica já contabiliza 12 eleições bem-sucedidas, sem qualquer vestígio ou comprovação de fraude”, apontou o tribunal. No lançamento de campanha sobre a segurança e transparência das urnas, o TSE citou uma série de potenciais problemas em caso da adoção do voto impresso.
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