A Defensoria Pública de Santa Catarina aguarda as respostas da prefeitura de Joinville sobre uma série de questões envolvendo a pandemia para decidir se voltará a apresentar ação com pedido de adoção de lockdown. Em julho, a Defensoria foi ao Judiciário para tentar a suspensão de atividades não essenciais por 14 dias, mas a solicitação foi negada. A decisão sobre eventual nova ação deve ser tomada até o início da próxima semana.

Continua depois da publicidade

> Joinville tem maior número de internações desde início da pandemia, expansão de leitos perto do limite

> “Esse é o nosso último esforço”, diz secretário de saúde de Joinville sobre medidas contra Covid-19

> Com demanda por até 100 médicos, Joinville abre contratação emergencial

> Quer receber notícias de Joinville e Norte de SC por WhatsApp? Clique aqui

Continua depois da publicidade

O defensor Djoni Benedete considera o cenário “pior” em relação ao observado no ano passado. “Os hospitais estão com 100% de ocupação dos leitos de UTI para Covid”, exemplifica ele. Pelo último boletim sobre a pandemia, divulgado na terça, são 214 pessoas internadas com coronavírus em Joinville, o maior número desde o início da pandemia.

Na série de questionamentos enviados à prefeitura, ainda dentro do prazo para as respostas, a maioria trata de leitos de UTI, se há requisição de vagas na rede privada ou de outras cidades, se há fila de espera, entre outras questões. Também é perguntado se está em avaliação de imposição de lockdown na cidade – em caso positivo, a Defensoria quer saber quais medidas. Ainda há pedido de informação sobre as ações tomadas para reduzir a transmissibilidade. 

Até o momento, a prefeitura tem se posicionado contra o lockdown: a alegação é de que as atuais medidas de restrição, se integralmente cumpridas, podem frear o avanço da pandemia.

> Municípios da região de Joinville se manifestam contra ampliação do lockdown

> Joinville prepara força-tarefa de voluntários para ampliar enfrentamento ao Covid-19