No ano em que completa 90 anos do fechamento, o canal do Linguado tem a possibilidade de receber uma ponte a médio prazo, mas a reabertura permanece distante. O canal em São Francisco do Sul teve implantação de aterro concluída em 1935, para a passagem de ferrovia, que então cruzava o local por meio de ponte. O aterro também recebeu rodovia, a atual BR-280 – foi a duplicação da estrada federal que abriu a atual discussão sobre o Linguado.
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A ponte em planejamento vai entrar no novo projeto de duplicação da BR-280 no lote 1, entre Araquari e São Francisco do Sul. As obras estão paradas nesse segmento de 36 km desde o final de 2022. O DNIT pretende retomar as obras em dois locais já iniciados e contratar novo projeto para os segmentos restantes. Nesse novo projeto, ainda a ser licitado e que levará dois anos para ficar pronto, será avaliada a possibilidade de ponte em parte do aterro. A avaliação atende recomendação do Ministério Público Federal.
A solicitação do MPF acompanha estudo técnico concluído pela Univali no ano passado. A opção considerada mais adequada foi remoção de trecho de 100 metros do aterro, o que permite a circulação das águas. A travessia no local passaria a ser feita por pontes rodoviária e ferroviária. No entanto, como a eventual reabertura do canal será processo demorado, com licenciamento ambiental mais complexo, a opção foi de manter o aterro, mas construir uma ponte “parcial”, apenas sobre a parte a ser removida futuramente.
A ponte vai atender a demanda da duplicação da BR-280 – a estrutura atenderá um dos sentidos do tráfego e a atual rodovia fica com o outro sentido. Se não for providenciada a ponte, o Linguado poderia ser transformar em gargalo em rodovia duplicada, afinal, o trecho do canal permaneceria em pista simples.
Como a ponte será dupla, atenderá aos dois sentidos em caso de reabertura do canal. Nesse modelo, os trens de carga continuam passando pelo atual local – se o Linguado for reaberto, as composições passam a usar ponte ferroviária, a ser construída. Em relação à reabertura, o estudo técnico está em discussão entre MPF, Ibama e DNIT, ainda sem estimativa de quando será solicitado licenciamento.
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