A comparação com os investimentos na duplicação da BR-280 no ano passado mostra como ficou distante a retomada das obras no lote entre São Francisco do Sul e Araquari, usado também no acesso a Balneário Barra do Sul. No ano passado, os dois lotes em andamento da ampliação da rodovia consumiram R$ 169 milhões. Para 2025, a proposta do orçamento do governo federal prevê R$ 96,9 milhões. Ou seja, a quantia já é insuficiente para os dois segmentos em obras – levando em conta o que poderia ser executado – deixando improvável que uma nova frente de trabalho seja iniciada.
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Mesmo que os recursos sejam reforçados, como busca o DNIT, o lote 1 começa o ano com boas chances de permanecer sem obras, afinal, a conta orçamentária não fecha – os segmentos em Guaramirim e Jaraguá do Sul vão continuar em andamento. O lote de 36 km da BR-280 entre o Porto de São Francisco do Sul (a rodovia federal é o único acesso rodoviário ao terminal portuário, usado também na rota para as praias) e o cruzamento com a BR-101 é o mais complicado da duplicação. O segmento atravessa área urbana de Araquari, trecho onde se formam filas.
Obras no lote entre Araquari e São Francisco do Sul estão paradas desde 2022
As obras começaram somente em 2018, quatro anos depois dos demais lotes, e pararam em 2022 para a revisão do projeto. Após análise, o DNIT resolveu fatiar o lote. Em um primeiro momento, o plano é retomar as duas frentes que tiveram obras, no contorno de São Francisco do Sul e no entorno do Instituto Federal Catarinense, em Araquari.
O objetivo era licitar os dois trechos, que somam quase metade do lote 1, em extensão. Mas com o montante disponível, o plano deverá ser revisto. Os segmentos remanescentes do lote entre Araquari e São Francisco do Sul ficariam para o ano que vem, para a contratação de projeto. Mais adiante, seria a vez das obras. Há ainda a decisão a ser tomada, sobre o canal do Linguado, com provável opção por ponte. Mas até lá, o desafio principal é tentar retomar as obras no lote mais congestionado da BR-280.
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