Um visitante interestelar está movimentando a comunidade científica nos últimos meses. O 3I/Atlas, cometa que vem de outro Sistema Solar e que está passeando pelo nosso cosmos virou objeto de estudo e observação constante da NASA, de outras agências espaciais e de astrônomos do mundo inteiro.
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Mas não é só o fato de ser um astro vindo de outro Sistema Solar que chama a atenção. Alguns detalhes na composição química e até mesmo um comportamento incomum do cometa são motivos de estudos aprofundados pelos cientistas.
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Outro fato curioso é que, segundo alguns cálculos indicam, o cometa 3I/Atlas pode ser mais antigo do que o nosso Sol. Estudos apontam que o corpo celeste tem, aproximadamente, 7 bilhões de anos, enquanto a nossa Estrela Mãe tem entre 4.5 e 5 bilhões.
A composição química do cometa 3I/Atlas
Entre os detalhes peculiares do nosso visitante interestelar está a composição química. O cometa 3I/Atlas apresenta níveis de CO2 muito acima do normal e superior a 80% dos gases detectados. Outra característica é a presença mínima de elementos como monóxido de carbono, sulfeto de carbonila e gelo de água, o que sugere a formação em regiões extremamente frias do universo.
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O nível de relação entre CO2 e água também é uma peculiaridade do 3I/Atlas, que chega a ser de 8/1 – valor quase seis vezes maior do que a média em cometas conhecidos do nosso Sistema Solar.
Comportamento incomum
Além dos detalhes químicos, um outro ponto intrigou os cientistas: o cometa interestelar emite elementos como hidroxila, vapor da água e “poeira”, mesmo a uma distância do Sol considerada inapropriada para esse tipo de atividade.
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A alta velocidade (superior a 210 mil km/h ou 67 km/s) também é uma característica incomum, ao menos em cometas originários do nosso Sistema Solar. Mas é justamente a origem interestelar do 3I/Atlas que justifica essa velocidade.
3I/Atlas “sobreviveu” ao Sol
Na última quinta-feira (29), o cometa 3I/Atlas atingiu o periélio, ou seja, teve a aproximação máxima ao Sol e já está, mais uma vez, no “campo de visão” de diversas sondas e telescópios da NASA e de outras agências no espaço.
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Nas próximas semanas, o visitante interestelar deve ficar visível da Terra, mas não será possível vê-lo a olho nu. A observação poderá ser feita com o uso de telescópios ou outros instrumentos ópticos potentes.
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