Os dois supermercados de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, onde foram encontrados alimentos fora da validade e com fungos usaram as redes sociais para se manifestar sobre o caso. No comunicado, os estabelecimentos negaram irregularidades e alegaram que o bolor foi encontrado em dois pães que estavam dentro do prazo de vencimento.

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De acordo com a polícia, na segunda-feira (4), foram encontradas nos locais várias irregularidades, como alimentos vencidos, carnes sem procedência e produtos reembalados, para ocultar o vencimento. Ao todo, 900 kg de mercadorias foram apreendidos e o dono foi preso.

Porém, os supermercados – que são do mesmo proprietário – fizeram uma publicação na quarta-feira (6) negaram as irregularidades. No texto, o estabelecimento diz que as carnes apreendidas estavam na embalagem como resfriadas, e que estavam congeladas para não perder a qualidade.

“As carnes suínas vêm em sacos grandes, foram tiradas da embalagem original e colocadas em bandejas para expor ao cliente. As carnes bovinas vêm inteiras, por exemplo, um traseiro de boi é composto por alcatra, lombo, coxão, ponta de agulha é assim por diante. Nós precisamos separar essas partes para poder vender ao consumidor, mas para a vigilância isso é proibido”, diz a postagem.

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Sobre a remarcação da validade, os supermercados disseram que um único item estava com a irregularidade e que isto não foi feito por eles: “veio da empresa que nos forneceu essa mercadoria”.

Por fim, o estabelecimento alega que o bolor foi encontrado em dois pães que estavam na área de venda, dentro da validade, mas que “certamente quem pegasse aquele pão ou até mesmo quem passasse no caixa iria ver”. (veja abaixo a nota na íntegra)

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Polícia continua as investigações 

Além dos produtos irregulares, a Vigilância Sanitária de Tubarão informou que os dois supermercados não tinham alvará de funcionamento. De acordo com o órgão, a emissão do documento é anual e ele estava atrasado. Foi dado um prazo para que os estabelecimentos regularizem a situação. 

Segundo o delegado Rubem Teston, que acompanha o caso, a polícia continua as investigações. O prazo para finalização do inquérito é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. 

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No dia da operação, o dono do estabelecimento chegou a ser preso em flagrante. Mas, de acordo com o delegado, ele pagou fiança e está em liberdade provisória. Ele foi autuado pelo crime de vender, ter em depósito ou expor mercadorias em condições impróprias para o consumo. A pena é de dois a cinco anos de detenção.

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Confira a nota dos supermercados:

“Viemos através deste, nos pronunciar a respeito dos fatos ocorridos.

1°- a mídia e as pessoas falam mais do que sabem e não buscam saber a verdade.
2°- esses 900kg de carne (linguiça, carne suína e carne bovina), as linguiças, que foi a maior parte apreendida, estava na embalagem como RESFRIADA e foi congelado para não perder a qualidade, isso para a vigilância não PODE. As carnes suínas vem em sacos grandes, foi tirado da embalagem original e colocado em bandejas para expor ao cliente. As carnes bovinas vem inteiras, por exemplo, um traseiro de boi é composto por alcatra, lombo, coxão, ponta de agulha é assim por diante. Nós precisamos separar essas partes para poder vender ao consumidor, mas para a vigilância isso é proibido.
3º- a remarcação de validade em um específico item, não foi feita por nós, veio da empresa que nos forneceu essa mercadoria.
4º- foi encontrado 2 pães na área de venda dentro da validade, porém estavam com bolor, mas certamente quem pegasse aquele pão ou até mesmo quem passaria no caixa iria ver.
Quem nos conhece sabe que não trabalhamos com carne sem procedência, muito menos com carne de cavalo ou cachorro, como estão falando por aí! Querem a verdade, estamos de portas abertas para maiores esclarecimentos e dúvidas. Antes de espalhar fake news, procurem saber o que estão falando. Estamos a disposição para qualquer dúvida!”

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