Após meses de preparação, o Literarium Café e Livraria abriu oficialmente as portas nesta quarta-feira (27) em Joinville. Inaugurado em uma casa centenária no Centro da cidade, o estabelecimento conta com um cardápio recheado de opções assinado em conjunto com Elisa Moraz, vencedora do reality “Que Seja Doce”, exibido pelo canal GNT.

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O Literarium chega como uma nova fase na carreira do empreendedor Guilherme Vargas Buch, que antes era proprietário da cafeteria Giostri, uma extensão de uma editora paulista de mesmo nome, que fechou em dezembro de 2024.

Na volta ao mundo que junta a gastronomia com literatura, o novo estabelecimento passa a funcionar em uma casa centenária na Rua Sete de Setembro, nº 178, que é tombada pelo patrimônio histórico do município. Após a reforma, o café está totalmente revitalizado e pronto para receber os clientes.

— Estamos bem felizes vendo que as pessoas, tanto os antigos clientes quanto os futuros novos clientes, estão bem animados e também estão com expectativa pela abertura do espaço — conta Guilherme entusiasmado.

Veja fotos do espaço após reforma

O Literarium funciona de segunda a sexta, das 9h às 19h, e no sábado, das 9h às 14h.

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Sobre o cardápio 

Nos primeiros dias, o espaço vai funcionar no modelo soft opening, com cardápio reduzido para testes. A chefe que comanda a cozinha do Literarium é Elisa Moraz, vencedora do episódio Doces sem lactose, da 11ª temporada do reality gastronômico “Que Seja Doce”, exibido pelo canal GNT. 

— O Guilherme me trouxe algumas referências do que ele gostaria de servir aqui na cafeteria e durante esse soft opening a gente vai fazer alguns testes de algumas coisas que eu já tenho. Vou trazer algumas referências do meu trabalho, mas eu vou priorizar as ideias dele e criar em cima daquilo que ele me passou, de coisas que ele gostaria de servir por aqui —  explica.

Veja fotos da chefe no reality

Entre doces e salgados, além do café, é claro, a cozinha deve funcionar a todo vapor para a produção das delícias que poderão ser encontradas pelos clientes.

—  Nós vamos priorizar a produção integral das coisas aqui dentro da nossa cozinha. Por conta disso, contratamos uma cozinheira, que é a Elisa, especialista em cardápio com pães, confeitaria, doces em geral para cafeterias —  destaca Guilherme

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Em breve, o estabelecimento ainda deve contar com novidades, adianta o empreendedor do Literarium.

—  Nesse primeiro momento vamos abrir apenas como livraria e cafeteria, mas a partir do verão, em dezembro, vamos operar também como bar, para happy hour, estendendo o horário de abertura até a noite, com cerveja, chope, drinks e vinhos — explica.

Ainda segundo Guilherme, o público pode esperar boas opções gastronômicas do cardápio e, até mesmo, exclusivas.

— Algumas opções, tenho certeza, só vão ser encontradas aqui e acredito que as pessoas precisam vir até o Literarium para conseguir conhecer bem o nosso cardápio —  finaliza.

Imóvel centenário é tombado

Ainda no século 19, antes de 1880, o terreno da casa pertencia à região de porto, com grande movimentação de pessoas entre Joinville e São Francisco do Sul. Em algum momento, o local foi desapropriado e depois passou a ser da tradicional família Colin.

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Durante décadas, Rodolfo Colin, então presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij) e sua esposa, Maria Sofia Colin, residiram na construção de tijolos maciços. Mais tarde, a propriedade passou para o filho Norberto Colin e a esposa Albertina. 

Em 2006, a casa foi vendida para uma imobiliária e posteriormente passou a ser a sede de uma autoescola. Neste ano, quando Guilherme decidiu transformar o espaço em uma cafeteria, a arquiteta Anne Soto, especializada em revitalização de imóveis históricos e tombados, realizou um levantamento com estudo sobre o imóvel. A partir disso, a casa centenária passou por reformas que viabilizassem o uso do estabelecimento. 

Em 2009, a casa foi oficialmente tombada pelo município. Em 2022, foi incluída no Inventário do Patrimônio Cultural de Joinville (IPCJ), com o nível de preservação parcial.

O historiador Mateus Carle explica que a casa tem detalhes bem característicos da época, como um porta-bandeira acima da porta principal onde eram colocados os brasões das famílias, o telhado em estilo mansarda, que possuía vértice duas águas (uma característica europeia), além de outros pequenos traços da época na estrutura da residência, que serão mantidos pelo estabelecimento.

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*Sob supervisão de Leandro Ferreira

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