A associação que representa as companhias de navios de cruzeiros no país – Clia – anunciou, nesta quinta-feira (13), que a suspensão de novas operações nos portos brasileiros será estendida até o dia 4 de fevereiro. O motivo é número alto de casos de Covid-19 em pessoas a bordo dos cruzeiros.
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Em primeiro momento, a suspensão iria até o dia 21 deste mês. A decisão da associação vem um dia após a Anvisa recomendar ao governo a interrupção definitiva da temporada de navios no país.
Na nota técnica, a Anvisa afirmou que foram detectados 1.177 casos da Covid entre tripulantes e passageiros de cinco navios de cruzeiros que operaram no Brasil de novembro até a primeira semana de janeiro. Do total de infecções, 1.146 foram confirmadas apenas de 26 de dezembro a 6 de janeiro.
Uma portaria do Ministério da Saúde, em vigor desde final de outubro do ano passado, define quatro níveis epidemiológicos para viagens de transporte aquaviário e protocolos a serem seguidos. Os níveis mais altos têm restrições mais duras, como colocar uma embarcação em quarentena, e são definidos por critérios como o número de infecções registradas.
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Na primeira semana de 2022, passageiros relataram, nas redes sociais, falta de comida e limpeza em cruzeiros que tiveram atividades interrompidas por surto de Covid.
A Clia afirma, em nota, que a decisão de prorrogar a suspensão “tem como objetivo a continuidade das discussões com as autoridades competentes a fim de alinhar as medidas necessárias para a retomada dos cruzeiros”, mas que contrasta com a “evolução positiva nos Estados Unidos, onde as autoridades de saúde reconheceram a eficácia dos protocolos da indústria.”
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Entre os protocolos adotados no Brasil, a associação diz que é exigido “ciclo vacinal completo, apresentação de teste negativo antes do embarque, uso de máscara”. E que os navios operam com menos ocupação, além de realizar testagem contínua “de, no mínimo, 10% das pessoas a bordo e tripulantes”.
A associação também afirmou que a temporada de cruzeiros tinha previsão de movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão.
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*Por Joelmir Tavares
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