O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou nesta terça-feira (25) que pretende persistir na tentativa de uma votação da pauta da anistia no Congresso. A fala ocorre depois do início da execução da pena do seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no caso da trama golpista. As informações são do g1.

Continua depois da publicidade

O projeto de lei (PL) da Dosimetria, tem sido tratado como uma alternativa ao PL da Anistia, que não teve ampla adesão e ficou paralisada. A proposta altera regras de aplicação das penas dos condenados pelo atos golpistas de 8 de janeiro.

— Estamos tratando disso há muito tempo [anistia] e, no nosso entendimento, não dá mais para esperar o plenário da Câmara e depois o plenário do Senado encararem de frente e, como funciona em uma democracia, a maioria vence. Eu não consigo entender porque fica interditado esse debate — disse.

Deputados e senadores do PL estiveram reunidos nesta segunda-feira (24) e confirmaram a intensão de fortalecer a atuação para que o texto volte para a pauta ainda nesse ano. Em falas públicas, aliados alegam que a anistia é a prioridade formal do partido.

Flávio fez uma visita ao pai na Superintendência da Polícia Federal no início desta terça, onde Bolsonaro está preso deste sábado (22) e onde ele cumprirá pena. Ao sair do local, o senador conversou com a imprensa e disse que o ex-presidente está indignado com a prisão. Ainda, reforçou a fragilidade da condição de saúde de Bolsonaro, com os episódios frequentes de soluços, e a tese da confusão mental que teria levado a violação da tornozeleira eletrônica.

Continua depois da publicidade

— É um cara de 70 anos de idade. Aqui ele fica sozinho na sala, a Michelle falou pra gente ontem, durante o nosso evento no PL, porque é ela que cuida dele de noite, quando ele tem uma crise de soluço — declarou.

O filho do ex-presidente afirmou que ele sofreu mais um crise de soluço entre segunda (24) e terça (25), amenizada depois que um policial federal ofereceu o medicamento a ele. O senador também defendeu o retorno do pai à prisão domiciliar.

Veja fotos sobre fatos que levaram à prisão de Bolsonaro

Início do cumprimento de pena

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou nesta terça-feira (25) o início do cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão. O ex-presidente deverá permanecer na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde já está em prisão preventiva.

Continua depois da publicidade

Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela tentativa de golpe após as eleições de 2022. A pena foi definida ao final do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 11 de setembro deste ano. Nesta terça, o caso transitou em julgado, ou seja, não cabem mais recursos.

A prisão preventiva foi decretada por Moraes no sábado (22), depois de Bolsonaro violar a tornozeleira eletrônica que usava em prisão domiciliar, e por apresentar risco de fuga.