O pâncreas é uma glândula fundamental para o bom funcionamento do nosso corpo, é o responsável pela fabricação de insulina e de várias enzimas digestivas. Se divide em cabeça, corpo e calda.
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“Fica em uma reunião chamada de retroperitônio, mais ou menos atrás do estômago, na altura em que se situa o baço”, explica o Dr. Jorge Sabbaga, Integrante da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica – SBOC.
Pâncreas exócrino e endócrino
O pâncreas se divide em endócrino e exócrino, de acordo com suas funções. “O exócrino é um órgão produtor de enzimas e proteínas que aumenta a rapidez das transformações químicas digestivas, lança diretamente seu conteúdo no intestino – suco pancreático, que contém enzimas digestivas. O pâncreas endócrino produz muitos hormônios importantes, como insulina, glucagon e somatostatina, lançando-os diretamente na circulação”, explica o gastroenterologista Dr. Marco Antonio Banal Xavier.
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Cuidados com o pâncreas
A saúde do pâncreas está relacionada com o estilo de vida do indivíduo e com a alimentação. “É importante evitar o uso de bebidas alcoólicas, pois estas estão associadas à pancreatite aguda e crônica, bem como alimentação rica em gorduras. O tabagismo e o sobrepeso são dois fatores que aumentam em 40% a incidência do câncer pancreático”, alerta o Dr. Marco Antonio Banal Xavier. Além disso, o médico recomenda moderar o consumo de açúcares e carboidratos, aumentar a ingestão de vegetais e fibras e praticar exercícios físicos regulares.
Sinal de alerta
Várias doenças podem afetar o pâncreas, é preciso estar atento aos sinais. Os sintomas vão depender do tipo de problema. O gastroenterologista Dr. Marco Antonio Banal Xavier, explica:
Pancreatite aguda e crônica
Pancreatite é um processo inflamatório do pâncreas – a terminação “ite” sempre quer dizer inflamação. Classificamos a pancreatite em aguda e crônica.
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PANCREATITE AGUDA
Tem inúmeras causas: virais, como caxumba; por alimentação exagerada; libação alcoólica; traumáticas, bem como por cálculos da vesícula biliar que migram pelo colédoco obstruindo o canal do pâncreas, sendo esta a causa mais frequente.
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Sintomas: dor abdominal superior, que se irradia para as costas, dor abdominal que piora depois de comer, enjoos e vômitos.
Tratamento: o tratamento da pancreatite aguda deve ser feito com o paciente hospitalizado. O tratamento é clínico, incluindo jejum, até a melhora do quadro de dor e dos vômitos, hidratação intensa (com soro na veia) e medicamento para controle da dor e dos vômitos. Há a necessidade de se tirar o fator causador, como álcool, suspensão de medicamentos, correção das alterações metabólicas etc.
A cirurgia é indicada nos casos que tem como causa o trauma abdominal e que se associam com lesões de outros órgãos (baço, fígado, rim, intestinos, vasos sanguíneos etc.) ou quando evolui com alguma complicação grave, como formação de cisto, abscesso (coleção de pus) ou necrose parcial ou total do pâncreas. Pacientes com pedras na vesícula têm indicação da sua remoção tão logo a pancreatite esteja controlada, com o objetivo de se evitar novas crises.
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PANCREATITE CRÔNICA
É uma inflamação que se repete. Geralmente é causada por uso abusivo e contínuo de bebidas alcoólicas que leva a um processo inflamatório do órgão, que por várias vezes se agudiza causando pancreatite aguda. Alguns pacientes portadores de doenças autoimunes e doenças genéticas, tais como a fibrose cística, também podem desenvolver pancreatite crônica.
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Sintomas: dor abdominal superior, perda de peso sem esforço, fezes gordurosas e com odor fétido (esteatorreia).
Tratamento: o tratamento da pancreatite crônica vai depender do agente causal, podendo ser indicado procedimentos especializados para remover obstruções do colédoco; cirurgia para retirar cálculos da vesícula biliar; cirurgia para bloquear os nervos que enviam sinais de dor do pâncreas para o cérebro; tratamento para a dependência do álcool, bem como medicamentos para aliviar a dor; insulina para quem tem diabetes, suplementos de enzimas pancreáticas, e alterações da dieta.
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CÂNCER PANCREÁTICO
O câncer pancreático pode ter como único sintoma a icterícia (amarelo nas mucosas e na esclera do olho), quando o tumor está localizado na cabeça do pâncreas, pois este tumor comprime a saída de bile do fígado, pode ocorrer, também, trombose da artéria que leva sangue para o baço, quando o tumor está localizado no corpo e na cauda do pâncreas. A perda de peso é também uma queixa comum no câncer pancreático.
O diagnóstico destas doenças é realizado pelo médico através de exame clínico, exames de sangue, ultrassonografia de abdômen, endoscopia digestiva alta, ecoendoscopia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, conforme avaliação do caso específico.
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