Foram quase dois anos de espera. Desde março de 2020, quando a pandemia levou à paralisação dos cruzeiros marítimos, nenhum transatlântico se aproximou da orla de SC. Coube ao navio italiano Costa Fascinosa, um contumaz frequentador da costa catarinense, quebrar o jejum de 20 meses ao surgir no horizonte na manhã desta terça-feira (30), em Balneário Camboriú.
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A bordo, vieram 1.739 passageiros e 1.038 tripulantes. Uma ocupação menor do que a capacidade do navio, que transporta até 3,8 mil pessoas. A redução é um dos sinais de que, embora os navios estejam de volta, esta será uma temporada diferente. A Anvisa determinou ocupação máxima de 75% dos transatlânticos, espaçamento entre tripulantes e passageiros, e uma série de regras que vão desde testagem periódica até “passaporte da vacina”. Ninguém viaja sem ter completado o ciclo de vacinação.
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Os protocolos seguidos pelo Brasil são semelhantes aos que respaldaram o retorno dos cruzeiros ao redor do mundo. As regras eram necessárias para possibilitar a retomada de um setor que movimenta a economia, era empregos e renda – algo fundamental para vencer a crise.
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Um levantamento da Fundação Getúlio Cargas (FGV) estima que um turista que viaja de cruzeiro gaste, em cada escala, em média R$ 550. O valor inclui passeios, transfers, compras e alimentação. Somados passageiros e tripulantes da primeira escala, isso representa para Santa Catarina uma injeção de R$ 1,4 milhão.
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O Estado terá cerca de 40 escalas de transatlânticos neste verão, considerando Balneário Camboriú, Porto Belo e Itajaí – que também é ponto de embarque para rotas de cruzeiro. Com isso, a expectativa de movimentação econômica é de pelo menos R$ 50 milhões, sem contar impostos e taxas.
Em todo o país, a estimativa do governo brasileiro é movimentar R$ 1,7 bilhão e gerar 24 mil vagas de emprego durante a temporada de cruzeiros. O setor deve render aos cofres públicos R$ 330 milhões em impostos neste verão.
Navio Costa Fascinosa abre a temporada de cruzeiros em Santa Catarina. Primeira escala em Balneário Camboriú. pic.twitter.com/56q7rgpOJM
— dagmara spautz (@dspautzsc) November 30, 2021Continua depois da publicidade
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A chegada do primeiro navio de cruzeiro a SC coincide com o avanço da variante Omicron no mundo, e a preocupação de que uma nova onda da pandemia possa voltar a impor restrições – o que atingiria em cheio o setor, recém-reativado. Por enquanto, não há qualquer indicativo de que o governo possa retroceder em relação às viagens de navio, que se limitam a águas internas. A Anvisa não autorizou a retomada das rotas que incluíam países vizinhos, como Uruguai e Argentina.
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