Entre as razões pelas quais Santa Catarina é um estado com desenvolvimento econômico e social diferenciados está a forte participação do modelo econômico cooperativista, que conta com 4,7 milhões de associados em 235 cooperativas de oito ramos econômicos. Isso significa que o setor atrai mais da metade das pessoas que residem no estado. Para os catarinenses, o modelo econômico que nasceu oficialmente em 1844 em Rochdale, no condado de Manchester, na Inglaterra, quando 27 homens e uma mulher fundaram seu armazém para melhor comprar alimentos, é o melhor para obter renda, serviços de qualidade e melhorar a vida de milhões de pessoas no estado, no Brasil e no mundo.

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Por isso, neste sábado, 05 de julho de 2025, Dia Internacional do Cooperativismo, os catarinenses só têm motivos para celebrar o quanto esse modelo econômico faz bem. Ele tem forte impacto na melhoria de serviços no estado e em outras unidades da federação e produz alimentos para o Brasil e o exterior.

Seguras de que fazem bem, as cooperativas de SC estão realizando investimentos bilionários para seguir crescendo, em especial no setor de alimentos. O presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Vanir Zanatta, informa que o setor projetou investimentos de R$ 6,45 bilhões nos próximos três anos, sendo R$ 2,03 bilhões em 2025, R$ 2,18 bilhões em 2026 e R$ 2,26 bilhões em 2027. Com isso, o setor crescerá 35% em faturamento em três anos, chegando a R$ 123,3 bilhões.

Em SC, o setor cooperativo tem atuação importante em oito ramos: agronegócio, crédito, saúde, infraestrutura, consumo, transporte e trabalho, produção de bens e serviços. O agro lidera em faturamento e investimentos bilionários com presença nos mercados nacional e internacional, enquanto o crédito associa milhões de catarinenses – 3,7 milhões no final de 2024- e os ramos de saúde e infraestrutura se destacam pelos serviços de qualidade.

– O sistema cooperativista mostra que uma sociedade organizada, unida, tem mais força do que a sociedade que é desunida, desconectada. Acredito que o cooperativismo mostra que com a união de esforços ficamos muito mais fortes. As pessoas conseguem fazer mais e mais bem unidas. É assim que o sistema também pensa, e é assim que eu acho que Santa Catarina ganha com o cooperativismo – afirmou Zanatta numa entrevista à coluna, resumindo a essência do cooperativismo.

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O balanço de 2024 do Sistema Ocesc, divulgado por Zanatta e pelo superintendente da organização, Ricardo Miotto Ternus, mostra a pujança do sistema cooperativo de SC. Com 235 cooperativas associadas de oito ramos, o setor cooperativo catarinense fechou 2024 com faturamento de R$ 91,2 bilhões, crescimento de 7% na comparação com o ano anterior. As sobras (lucros) do setor alcançaram R$ 5,57 bilhões, 55,1% maiores frente a 2023.

Outros números relevantes do ano passado foram a marca de 4,7 milhões de associados, com crescimento de 9,8% frente ao ano anterior, de 2023. Desses, 3,7 milhões são sócios de cooperativas de crédito pelo diferencial de ser sócio do próprio ‘banco’ e ter atendimento personalizado. Também é um ponto alto a criação de postos de trabalho pelas cooperativas. O setor encerrou o ano passado com 102 mil empregos diretos, 7,3% mais do que no ano anterior.

As exportações em 2024 alcançaram receita de R$ 11,63 bilhões, com crescimento de 17% frente ao ano anterior, centradas principalmente no agronegócio. As vendas de cereais responderam por 54,13% do total e as de proteína animal, 43,13%. O segmento também exportou frutas, fertilizantes, sementes e produtos lácteos. Entre os destaques estão a Aurora Coop, Alfa e Copercampos.

Para o futuro, com investimentos superiores a R$ 6 bilhões até 2027, a Ocesc projeta expansão expressiva do setor. De acordo com informações de Zanatta, a receita operacional bruta das cooperativas de SC deverá chegar a R$ 123,3 bilhões ao final de 2027, um crescimento de 35,2% em três anos. O número de associados deverá avançar para 6,3 milhões e o setor vai somar 126,7 mil postos de trabalho diretos.

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Como o cooperativismo impulsiona a economia e a qualidade de vida em Santa Catarina

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