Doenças do aparelho circulatório, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto e insuficiência cardíaca são causadoras de 30% dos óbitos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Mas é possível prevenir esses males. Para isso, a IPM Sistemas, empresa de tecnologia de Florianópolis, lançou inteligência artificial que pode prever com antecedência de seis a 18 meses se uma pessoa tem mais risco de ter AVC ou infarto.

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A novidade foi apresentada nesta quarta-feira, durante o Congresso de Municípios, Associação e Consórcios (Comac), promovido pela Federação dos Municípios de Santa Catarina (Fecam), que acontece em São José, na Grande Florianópolis. O evento vai até esta sexta-feira, na Arena Opus.

Em palestra no Congresso, a gerente de Tecnologia e Inovação da IPM Sistemas, Lúcia Mees, explicou que a inteligência artificial (IA) criada pela empresa, batizada de Dara, usa dados de exames de saúde de cada paciente, que já estão no Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao analisar o resultado de exames, a IA consegue antever que determinado paciente tem maior risco de ter uma dessas doenças. Ela (a IA) avisa o médico, que pode prescrever medicamentos e mudanças de hábitos ao paciente, que reduzem ou eliminam esse risco de doença no aparelho circulatório.

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– Nossa inteligência artificial quer trabalhar justamente na prevenção. A gente está trazendo a Dara agora para atuar na identificação precoce de alto risco de infarto ou AVC nos próximos seis a 18 meses. Isso porque esse é um intervalo de tempo para conseguir agir de maneira proativa e evitar que a pessoa tenha infrato ou AVC. A IA não vai substituir médico. A ideia é oferecer mais informações para auxiliar os médicos nas decisões de tratamentos – explica Lúcia Mees, que é graduada em Engenharia Eletrônica, da Computação e Empreendedora pela Duke University, dos Estados Unidos.

Segundo a empresária, esse novo serviço será oferecido pela IPM a municípios brasileiros que usam o sistema da empresa, sem um acréscimo de custos.

Economia bilionária com IA

Lúcia Mees também informa que outra tecnologia de inteligência artificial desenvolvida pela empresa está sendo incorporada. É a marcação de consultas com o uso de IA, o que dispensa o trabalho de pessoas.

A digitalização desse serviço já gerou economia de R$ 6 bilhões para prefeituras no país e, nos próximos dois anos, isso deve dobrar porque a solução estará disponível para toda a base de clientes da IPM.

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Conforme Lúcia Mees, o Brasil tem um sistema público de saúde importante, com 190 milhões de pessoas atendidas. A tecnologia pode ajudar a melhorar esses serviços.

Com unidades em Florianópolis e Rio do Sul, a IPM tem 800 colaboradores. Desse grupo, 300 atuam diretamente em desenvolvimento de sistemas incluindo as soluções de inteligência artificial da Dara.

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