Logo após missão à Europa para conhecer cidades que fizeram mudanças para se tornarem mais humanizadas, portanto, melhores para as pessoas, lideranças da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação Empresarial de Florianópolis (Acif) anunciaram nesta terça-feira a contratação de escritório internacional para fazer essa transformação também na capital de Santa Catarina. Em entrevista com a participação do prefeito Topazio Neto, que também integrou a missão, líderes das entidades anunciaram nesta terça-feira (09) a contratação do escritório do icônico arquiteto e urbanista dinamarquês Jan Gehl, que inspira essas transformações pelo mundo.
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O estudo, que será custeado pelas duas entidades, visa transformar a região central de Florianópolis. O plano é implantar mobilidade ativa, definir uso democrático de espaços públicos e qualidade de vida como prioridade do urbanismo. O lançamento acontece logo após a missão internacional realizada na Europa com a participação do prefeito Topazio Neto, do presidente da CDL, Eduardo Koerich, o presidente da Acif, Célio Bernardi, o fundador da Cidade Pedra Branca, Valério Gomes e outras lideranças de Florianópolis, que retornou agora, em 03 de setembro.
Veja imagens da missão à Europa realizada há poucos dias:
A CDL e a Acif informaram que o estudo será feito em seis meses com a colaboração do Laboratório de Urbanismo e Arquitetura (LUA), de Florianópolis, criado para viabilizar a ação do escritório dinamarquês, passando todas as informações necessárias. O plano visa o curto, médio e longo prazo, com a colaboração do poder público.
Também participaram da entrevista a diretora executiva do novo laboratório LUA, Tatiana Filomeno, a secretária municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano Ivanna Tomasi e o secretário municipal de Projetos Estratégicos Michel Mittmann.
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– A consultoria tem, a princípio, seis meses, mas com certeza deixará um legado que vai se propagar ao longo do tempo, nos próximos 40 anos, o Floripa 400 (faltam 48 anos para a cidade completarl 400 anos), reforçando o propósito das entidades e do poder público, que é a qualidade de vida do cidadão e a construção de uma Florianópolis inteligente para todos – disse o prefeito Topazio Neto.
– A missão internacional foi uma oportunidade de identificar caminhos práticos para Florianópolis, em um momento em que a revisão do Plano Diretor abre novas possibilidades de investimento e qualificação dos espaços públicos. Vimos em cidades como Copenhague, Londres, Coimbra e Lisboa, como os empreendimentos podem transformar o entorno e fortalecer bairros, algo que também está no foco da gestão municipal aqui na capital. Temos uma oportunidade histórica de pensar a cidade de forma conjunta, valorizando pessoas, gerando oportunidades e melhorando a vida de todos – afirmou Eduardo Koerich, presidente da CDL.
O plano das entidades é ambicioso: transformar toda região central, que envolve a região em frente do Morro da Cruz até o mar. Isso inclui desde a Passarela da Cidadania, o Centro Histórico até a Ponte Hercílio Luz. De acordo com a CDL, será feito um masterplan para essa área, que vai definir prioridades para novas intervenções urbanas.
– Buscamos no escritório e na referência de Jan Gehl as boas iniciativas já aplicadas no mundo todo e que têm resultados de sucesso. Cada cidade que conhecemos trouxe referências importantes para Florianópolis. Copenhague mostrou como a mobilidade ativa e os espaços públicos podem transformar a qualidade de vida. Londres, mesmo sendo um grande centro financeiro, reforça o foco em áreas de convivência e transporte integrado. Lisboa destacou a força do retrofit e da requalificação urbana preservando a memória histórica, e Coimbra apresentou soluções de transporte coletivo eficientes em terrenos semelhantes aos nossos. São experiências que inspiram e apontam caminhos possíveis para a nossa cidade – explicou Célio Bernardi, presidente da Acif.
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O estudo será todo custeado pelas entidades empresariais privadas, mas o trabalho é em sintonia com o poder público. As intervenções urbanas, quando o plano começar a ser executado na prática, também serão com recursos privados, com o pagamento da chamada outorga onerosa do direito de construir.
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