Santa Catarina apresenta, há quase 14 anos, as menores taxas de desemprego do Brasil e, por isso é conhecida como “terra do emprego” e liderou a atração de migrantes no país desde 2010, segundo o censo de 2022. A pesquisa Pnad Contínua de 2024 feita pelo IBGE e divulgada na última quarta-feira (19) mostrou alguns indicadores sobre trabalho e um destaque é que Santa Catarina é o estado é o que mais emprega na indústria, proporcionalmente.

Continua depois da publicidade

Em 2024, segundo o IBGE, 4,6 milhões de pessoas trabalhavam no estado, 69% das consideradas aptas para exercer alguma atividade.  O estado ficou em segundo lugar, junto com Goiás, em percentual de ocupação, só atrás do Mato Grosso.

Considerando os setores econômicos, SC teve o maior percentual do Brasil de trabalhadores na indústria, 22,4%, o que correspondeu a 993 mil pessoas. Essa não é a primeira vez que o estado aparece nessa liderança. Isso vem há anos e o percentual de 2024 foi um pouco menor do que o de 2023, quando teve cerca de 1 milhão no setor (23,5% do total).

A indústria forte e diversificada é considerada um diferencial que coloca a economia do estado entre as mais dinâmicas do país. Ela gera empregos diretamente, gera renda para essas famílias e motiva demanda de uma série de serviços, por isso impulsiona outros setores. Um estudo da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) apurou que de cada 10 empregos diretos na indústria, outros 16 são abertos indiretamente em outros setores da economia.

A Pnad Contínua mostrou que o comércio empregava 19,5% do total de trabalhadores no estado em 2024. Na sequência veio a administração pública e educação com 14,2%; serviços de informação, comunicação e atividades financeiras com 2,3%; construção 7,4% e agropecuária 5,9%.

Continua depois da publicidade

Outro destaque de SC, segundo a pesquisa, é o trabalho noturno que cresceu de 7,2% em 2023 para 9,5% em 2024, acima da média do país, que ficou em 8,1%. O estado teve acréscimo de 114 mil pessoas a mais em trabalho noturno no ano passado e o total superou 475 mil. Essas pessoas trabalham principalmente em indústrias e no setor de saúde.

Outro dado curioso da Pnad é sobre onde as pessoas trabalham. Excluindo servidores públicos e trabalhadores domésticos, 73% dos catarinenses trabalham nas empresas em que estão empregados. Entre as capitais brasileiras, Florianópolis apresentou o maior percentual de pessoas atuando em home office, 17,3% dos trabalhadores.

Essa liderança da Ilha de SC no home office tem algumas influências. Uma delas é o fato de a principal atividade econômica ser o setor de tecnologia, que permite mais trabalho remoto. Outra é o crescente número de nômades digitais, que moram na cidade e trabalham em empresas de outros países. E tem, também, quem tem em casa o próprio negócio de alimentos ou serviços.

Leia também

Döhler anuncia rede de lojas no Brasil e fábrica no exterior para dobrar receita

Vinícola renova marca e projeta residencial de luxo para aquecer o turismo no interior

Engie renova patrocínio com a Confederação Brasileira de Tênis por mais três anos

Fiesc vê avanço na lista de Trump, mas alerta que industrializados ficaram de fora

Verdadeiro “Lobo de Wall Street” fará palestra no Brasil; saiba onde

Redução de atestados na educação estadual melhora aprendizagem e aquece a economia