Cinquenta anos depois da desativação da Estrada de Ferro Santa Catarina (EFSC), Blumenau voltará a ouvir o apito de um trem. Uma autêntica locomotiva vai passar a decorar, a partir desta segunda-feira (28), o pátio da Tex Cotton, empresa que comprou o antigo parque fabril da Sulfabril, no bairro Vorstadt. 

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O veículo chegou à cidade na semana passada, mas seu paradeiro era um mistério até então. Na noite de domingo (27), porém, já aparecia “embrulhado” como um presente, chamando a atenção de quem passa pelo local.

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A locomotiva tem origem estrangeira. Trata-se de um modelo de 1940 construído pela companhia H.K. Porter, de Pittsburgh, nos Estados Unidos. O veículo, que tem cerca de 26 toneladas e 15 metros de extensão, estava em Pindamonhangaba (SP). Um empresário dono de uma fabricante de caldeiras comprou e mandou restaurar toda a locomotiva para depois vendê-la. Havia um comprador encaminhado, mas o estouro da pandemia fez o negócio esfriar. Aí a Tex Cotton apareceu no caminho.

A empresa já tinha interesse em aproveitar parte dos trilhos da EFSC que restaram em frente à Ponte dos Arcos. Entusiasta da ideia, o empresário Sérgio Ferrari, presidente da Tex Cotton, chegou a consultar o Museu Ferroviário de Tubarão para adquirir uma locomotiva, mas esbarrou na burocracia. Também cotou a produção de um veículo do zero, mas o alto orçamento pesou. Desanimado, ele estava propenso a desistir do projeto. O cenário, no entanto, mudou quando recebeu um contato.

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— Quem tem um patrimônio histórico como esse dentro da propriedade? A máquina é um achado, uma oportunidade única — conta Ferrari.

O empresário diz que o veículo é um presente para os funcionários, mas também para a cidade. Ferrari defende que a história da estrada de ferro não pode ser esquecida – ele mesmo tem lembranças da infância das viagens de trem. Por isso, a locomotiva deve ficar exposta ao público na praça ao lado da sede da Tex Cotton. Mais adiante, o plano é erguê-la e colocá-la em seu habitat natural, sobre os trilhos. Um painel com informações sobre a antiga estrada de ferro também deve ser fixado no local.

Ferrari prefere não divulgar quanto pagou pela máquina. O empresário acredita que a locomotiva pode se transformar em uma nova atração turística ao ar livre e cartão-postal da cidade. Embora esteja em perfeitas condições de funcionamento, por ora não há planos de fazê-la andar. O veículo deve ficar estático, mas disponível para fotos mesmo depois que subir para os trilhos.

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