Loja da Hering, uma das empresas do grupo (Foto: Divulgação)
A paz está aparentemente selada na Azzas 2154, gigante da moda formada a partir da fusão entre Arezzo e Grupo Soma que, entre outras empresas e marcas, controla a catarinense Hering. Alexandre Birman e Roberto Jatahy, os principais sócios da companhia, acordaram uma trégua na relação após rumores de um possível “divórcio”. Com diferentes perfis de gestão, eles não vinham se entendendo sobre a maneira de conduzir o negócio – um desafio que o mercado já precificava quando houve o anúncio da união.
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O pacto ficou evidente com a reformulação do conselho de administração da companhia, anunciada em fato relevante na manhã desta segunda-feira (30). O documento cita Birman e Jatahy como “acionistas de referência” da companhia e informa que houve “entendimentos” voltados ao aprimoramento contínuo da governança corporativa do grupo. Isso incluiu uma nova composição do conselho de administração.
“Após um ciclo de conversas, e construção, os controladores da companhia, juntamente com seus respectivos blocos, alinharam-se em uma visão estratégica de longo prazo”, diz o comunicado.
Além da Hering: relembre grandes empresas de Blumenau que foram vendidas
A Artex foi incorporada nos anos 2000 pela Coteminas (Foto: Reprodução)
A Mega Transformadores foi comprada em 2000 pela multinacional sueco-suíça ABB (Foto: Reprodução)
A Eisenbahn foi comprada em 2008 pelo Grupo Schincariol. Depois, foi negociada com a japonesa Kirin até ser adquirida pela Heineken (Foto: Divulgação)
Em 2008 a francesa Areva, fornecedora de equipamentos de energia, comprou a Waltec, que mais tarde passaria a integrar a Schneider Electric (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Em 2010 a Wheb Sistemas, fabricante de softwares de gestão de saúde, foi comprada pela multinacional Philips (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
A Dudalina foi vendida em 2013 para fundos americanos e um ano depois acabou comprada pela Restoque, hoje Veste S.A (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Desde setembro de 2016 a Bermo, fabricante de válvulas e equipamentos industriais, faz parte do Grupo ARI Armaturen, da Alemanha (Foto: Divulgação)
A Baumgarten não foi vendida, mas em 2016 anunciou uma fusão com duas empresas alemãs que deu origem à All4Labels (Foto: Divulgação)
Em 2017, a CM Hospitalar, dona do Grupo Mafra (atual Viveo), anunciou a compra da Cremer (Foto: Luís Carlos Kriewall Filho, Especial, BD)
Desenvolvedora de softwares de gestão logística, a HBSIS foi comprada em 2019 pela cervejaria Ambev (Foto: Divulgação)
Em março de 2021, a Viveo comprou o Grupo FW, fabricante de lenços umedecidos e dona da marca Feel Clean (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Cia. Hering aceitou uma proposta de compra do Grupo Soma (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Hemmer foi comprada pela multinacional Kraft Heinz (Foto: Artur Moser, NSC Total, BD)
A Unimestre, que desenvolvia sistemas de gestão educacional, foi comprada em outubro de 2021 pela Plataforma A+ (Foto: Divulgação)
Em 2021 a fintech PagueVeloz aceitou uma proposta de compra feita pela Serasa (Foto: Pedro Machado, NSC Total, BD)
A agência de marketing digital A7B foi comprada em 2021 pela Adtail, empresa gaúcha do mesmo ramo (Foto: Divulgação)
Em 2021, o Laboratório Hemos foi comprado pelo Grupo Sabin, uma das principais empresas de medicina diagnóstica do Brasil (Foto: Divulgação)
Em 2021, a startup Velo foi comprada pela QuintoAndar, plataforma de moradia (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2021, a marca Sulfabril foi arrematada em leilão pela companhia têxtil catarinense Lunelli (Foto: Lucas Amorelli, BD)
A Movidesk, que oferece soluções tecnológicas de atendimento e suporte a clientes, foi comprada em dezembro de 2021 pela companhia gaúcha Zenvia (Foto: Divulgação)
Em 2021, a fabricante de etiquetas, tags e acessórios de moda Tecnoblu foi comprada pela canadense CCL Industries (Foto: Divulgação)
Na dança das cadeiras, Nicola Calicchio Neto, ex-presidente da McKinsey no Brasil, vai assumir o conselho de administração no lugar de Pedro Parente, que renunciou ao cargo. Com ampla experiência na área de consultoria, ele foi escalado para contribuir “ativamente” para o processo de integração dos negócios, captura de sinergias e execução de estratégias, informou a Azzas 2154.
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No fato relevante, a companhia disse que a formação original do conselho de administração “foi essencial para a estruturação dos pilares de governança da companhia e consolidação de práticas alinhadas aos mais altos padrões de mercado”. As mudanças de agora têm como objetivos acelerar a integração entre as companhias, focar a energia no negócio e aperfeiçoar a visão de futuro para o período 2025-2030.