A lei de regulamentação de área de expansão urbana Sul (AEU-Sul) foi sancionada pelo prefeito de Joinville, Adriano Silva, nesta segunda-feira. A expansão de 3,2 mil hectares havia sido criada em leis anteriores, mas dependia do regramento sobre quais atividades podem ser permitidos para ser efetivada. Os focos serão investimentos industriais e logísticos. “Várias empresas que procuravam Joinville e não encontravam terrenos adequados para se instalarem, podem se instalar. E se passa a gerar empregos perto da casa das pessoas, na zona Sul, com melhoria na mobilidade e na qualidade de vida”, alegou o prefeito.

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Expansão pode virar polo intermodal

A assinatura da lei foi realizada na solenidade de posse da diretoria da Associação Empresarial de Joinville (Acij), com Guilherme Bertani assumindo o segundo mandato como presidente da entidade. Joinville tem o sexto maior número de trabalhadores no setor industrial, com 81 mil pessoas. Em 2025, até maio, a cidade abriu 2 mil vagas novas no setor. No País, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Curitiba e Guarulhos são as cidades com maior número de contratados pelas indústrias.

A expansão não se trata de um distrito industrial na modalidade tradicional, como foi aplicado na Zona Industrial Norte: a transformação de área rural em urbana, como ocorre na AEU-Sul, permite mais atividades econômicas, mas os investimentos vão depender do interesse da iniciativa privada, afinal, as áreas são privadas – o terreno público no perímetro da expansão está reservado para futuro campus da UFSC.

A AEU-Sul é cortada pela BR-101 e vizinha da BR-280, a rodovia de acesso aos portos de São Francisco do Sul. O futuro contorno ferroviário de Joinville vai cruzar a expansão localizada junto aos limites com Araquari e Guaramirim. Por causa dos modais, o bairro a ser criado na AEU será o Polo Intermodal Babitonga, em proposta a ser enviada à Câmara de Vereadores pela prefeitura.

A AEU-Sul terá três setores de desenvolvimento, com liberação para instalação de condomínios industriais, com serviços, comércios e atividades de educação e tecnologia. Dois dos setores, de menor porte, podem ter uso residencial, com limitações. A mudança de uso, de rural para urbana, implica em pagamento de outorga para a prefeitura.

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