Prevista para o ano que vem, a concessão da BR-280 poderá ser um caminho para ampliar os investimentos na rodovia do Norte de Santa Catarina, embora seja preciso compatibilizar as obras da duplicação em andamento com o futuro contrato. Outra questão envolve as rodovias estaduais: o lote da BR-280 pretendia contar também com segmentos da SCs, mas o governo do Estado não concorda e a modelagem está sendo revista no Ministério dos Transportes. A lista de obras da futura concessão tem ainda de se encaixar em tarifa de pedágio em valor razoável.

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A concessão de rodovias de Santa Catarina, dividida em três lotes, não está prevista na lista de 15 leilões mapeados para 2025 pelo Ministério dos Transportes. Assim, a concorrência deve ficar para 2026, provavelmente para o final do ano – há uma série de etapas a serem vencidas, como conclusão dos estudos pela Infra, empresa ligada ao Ministério dos Transportes, análise pelo ministério e ANTT, aval do Tribunal de Contas da União e realização de consulta e audiência públicas.

Obras da duplicação entre São Francisco do Sul e Araquari estão paradas desde 2022

Em vistoria de estradas federais no Norte do Estado, em fevereiro, o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, citou expectativa de leilão da BR-280 no ano que vem. Há possibilidade de apresentação dos estudos ainda em 2025. Santoro alegou ainda que, com a recusa do governo de Santa Catarina em participar da concessão conjunta, as estradas estaduais devem ser retiradas da modelagem.

O governo Jorginho Mello tem alegado que a prioridade é a recuperação da malha estadual, sem cobrança de pedágio neste momento. O lote da BR-280 é o único dos três segmentos em estudos para concessão em SC com previsão de inclusão de trechos de rodovias estaduais. As SCs 418 (Estrada Dona Francisca) e 108 (Rodovia do Arroz) estão na lista, somando quase 150 kms. Há trechos ainda das SCs 110, 280 e 421, com extensões menores. Mas as rodovias estaduais não devem entrar na concessão.

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A duplicação da BR-280 entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul foi iniciada em 2014 e não há previsão de conclusão. O lote entre São Francisco e Araquari está com obras paradas desde 2022, sem previsão de retomada porque depende de revisão de projeto. O segmento tem 36 km, quase metade dos 75 km da duplicação. O lote de 14 km em Guaramirim deve ser concluído em meados de 2026 e o contorno de 24 km em Jaraguá do Sul pode ficar pronto em até três anos. Os contratos de obras devem ser mantidos em caso de concessão. Para 2025, a duplicação terá R$ 96,9 milhões – no ano passado, foram gastos R$ 169 milhões.

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