A Câmara de Joinville aprovou na noite de terça-feira o primeiro dos 19 projetos da reforma administrativa enviada pela prefeitura em maio. A proposta votada tem o maior impacto entre as matérias em análise, com R$ 33,7 milhões anuais de custo (o conjunto dos projetos chega a impacto de R$ 89 milhões por ano). O projeto teve 13 votos favoráveis e quatro contra – dois vereadores não votaram. A aprovação foi em turno único e a sanção pelo prefeito Adriano Silva deve ocorrer nos próximos dias. Mais projetos devem ser votados na semana que vem.
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O projeto cria 49 cargos comissionados, no saldo entre funções criadas e extintas (outro projeto, para a administração indireta, sugere mais 13 novos cargos – são 62 com a reforma, no total). A maior parte dos cargos de livre nomeação, 42, será para a Secretaria de Infraestrutura. O mesmo projeto eleva o salário dos secretários municipais de R$ 17,1 mil para R$ 23,5 mil. Também há criação de funções gratificadas e gratificações.
A sessão se arrastou até as 22 horas por causa de discussão sobre as emendas apresentadas pelo vereador Cleiton Profeta (PL). O debate foi sobre solicitação de leitura de pareceres e votação em bloco das emendas. As propostas, assim como as emendas, foram rejeitas. As principais críticas do vereador Profeta e Wilian Tonezi (PL) foram em torno dos custos com cargos comissionados e a alegada contradição em relação ao discurso de redução de custos da máquina pública. A “pressa” na votação foi outra queixa. A vereadora Vanessa da Rosa (PT) também usou a tribuna criticar a reforma.
Na manhã desta quarta-feira, em evento para autorizar construção de nova ponte, o prefeito de Joinville, Adriano Silva agradeceu a base governista pela aprovação do primeiro projeto da reforma. Para Adriano, a reforma corrige “erros históricos” e “injustiças”. O prefeito alegou que o crescimento da cidade impõe mais funcionários, como “empresas ao crescerem”. Adriano ainda criticou a postura de “dois vereadores” da oposição.
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