Dados detalhados do Tribunal de Contas da União (TCU) obtidos com apoio do jornalista Dener Alano, da NSC TV, mostram que a motociata do presidente Jair Bolsonaro em Chapecó, em junho deste ano, custou ao governo federal R$ 347.326,70. O valor não inclui os custos do combustível das aeronaves envolvidas na operação, nem dos órgãos de apoio, como Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC).
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Motociata em Chapecó: gasto de Bolsonaro está na mira da CPI da Covid
O custo é o segundo mais alto de acordo com o levantamento do TCU, que requisitou dados do governo federal referentes aos meses de maio e junho – por isso, os custos da motociata em Florianópolis, que ocorreu em agosto, não foram incluídos. Os números obtidos pelo Tribunal de Contas junto à União apontam que somente a motociata de São Paulo (SP) custou mais aos cofres públicos do que a de Chapecó. Lá, o valor foi de R$ 457.764,68.
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Preparando terreno
Entre as informações fornecidas, chama atenção o quanto o governo federal gastou com motocicletas e outros veículos usados na motociata de Chapecó. É o maior valor entre os dados computados pelo TCU: R$ 185.358,67.
Outro dado relevante é o custo de “Escav (escalão avançado) e deslocamento precursor”. Trata-se de um grupo de servidores, a maioria deles ligada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que viajam dias antes do presidente para preparar terreno: cuidam da segurança, da infraestrutura e do cerimonial, quando se trata de viagem para fins oficias. Só esse trabalho custou aos cofres públicos R$ 158.300.
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Custos estaduais
O Governo de Santa Catarina recusou-se a informar, antes e após a motociata, qual foi o custo empregado no reforço de policiamento para o passeio presidencial. Mas informou recentemente ao jornal Folha de S. Paulo que investiu cerca de R$ 27 mil em Chapecó, com 174 policiais militares envolvidos, 83 viaturas e um helicóptero. Com isso, o custo da motociata sobe para R$ 374 mil. Em Florianópolis, o Estado investiu R$ 13 mil e envolveu 354 policiais.
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Em análise
A auditoria do TCU sobre a legalidade das motociatas com dinheiro público está com o julgamento suspenso por um pedido de vista feito pelo ministro Vital do Rêgo, até o fim de novembro. O relator do caso, ministro Raimundo Carreiro – que foi indicado por Bolsonaro para assumir a embaixada brasileira em Portugal – é favorável ao arquivamento do caso. Com o pedido de vista, o processo segue em análise.
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As motociatas também estão na mira da Justiça Eleitoral, que investiga se o presidente da República faz campanha antecipada pela reeleição.
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