Tem obras que, de tão inusitadas ou dispendiosas, ganham status de “lendas”. A de um túnel subaquático para ligar Itajaí e Navegantes sob o Rio Itajaí-Açu, substituindo o ferry boat, é uma delas. Mas a proposta parece estar perto de sair do papel. O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) está disposto a financiar a obra, avaliada em US$ 200 milhões.
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O túnel, que passará por baixo do canal de acesso aos portos, por onde passam os navios cargueiros, entrará em um pacote de US$ 500 milhões em financiamentos requisitado ao BIRD para investimentos em mobilidade. A proposta é capitaneada pelo projeto InovAmfri, que reúne os municípios da Foz do Itajaí-Açu.
A solicitação foi enviada esta semana à Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), braço do Ministério da Economia que dá aval aos empréstimos internacionais.
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No caso do túnel, a ideia é que os custos sejam divididos entre a concessionária que administrará a estrutura, e as prefeituras de Itajaí e Navegantes. O investimento público é de US$ 56 milhões.
O modelo escolhido para a proposta é inédito no Brasil e pode ser o primeiro no país – tudo depende do prazo de viabilização de um túnel semelhante que ligará Santos a Guarujá, no Litoral de São Paulo.
O projeto prevê um túnel imerso, construído a seco. Depois de prontos, os módulos são submersos no leito do rio.
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O túnel deverá ficar na região da Barra do Rio, alguns quilômetros à montante da principal travessia por ferry boat. São previstas seis pistas para trânsito de veículos – duas delas exclusivas para transporte público – e uma célula central para travessia de pedestres e ciclistas, com possibilidade de instalação de uma esteira para agilizar o trajeto.
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Mobilidade
Além do túnel, o projeto de mobilidade do InovAmfri prevê a instalação de transporte público integrado entre os 11 municípios da região, com caneletas especiais de circulação e ônibus elétricos.
A terceira parte da proposta é específica para mobilidade na orla de Balneário Camboriú, também com veículos elétricos.
Na terça-feira (13), os prefeitos Volnei Morastoni (MDB), de Itajaí; Fabrício Oliveira (Podemos), de Balneário Camboriú; e Liba Fronza (DEM), firmaram acordo para levar adiante o pedido de financiamento externo. As três cidades, junto com Camboriú, devem receber a primeira etapa da mobilidade integrada.
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O ex-deputado federal Paulo Bornhausen, que preside o Conselho Consultivo do InovAmfri, diz que a proposta foi inspirada nas cidades de Barcelona, na Espanha, e Portland, nos Estados Unidos.
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– O projeto de transporte público foi escolhido pelo BIRD como benchmark mundial. Primeiro projeto de transporte 100% elétrico BRT interligando quatro cidades da mesma região – diz.
Viabilidade
Projetos como esses, com alta injeção de recursos e longo prazo para execução, são suscetíveis às intempéries da economia. Mas João Luiz Demantova, que preside o InovAmfri, acredita que há viabilidade.
– Temos apoio do Banco Mundial. Se o financiamento for autorizado, já podemos iniciar – avalia.
Após a análise do Cofiex a respeito do empréstimo, o processo de autorização demanda aval do Senado, Casa Civil e Secretaria do Tesouro Nacional. Demantova acredita que, se a resposta for positiva, é possível dar entrada ao financiamento entre fevereiro e março de 2022.
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A partir daí começa o projeto executivo, com prazo de 18 meses. A expectativa é que as obras iniciem, efetivamente, no segundo semestre de 2024.
A primeira entrega deve ser do novo sistema de mobilidade para a orla de Balneário Camboriú, em 2026. O prazo mais extenso é para construção do túnel, que deve ser concluído em cinco anos – até 2029.
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