O caminhoneiro catarinense Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, que está foragido da Justiça brasileira, confirmou à revista Veja que está no México e disse que pediu asilo ao país. Ele já foi localizado pela Polícia Federal, e pode ser preso. Gomes, que é apontado pela Procuradoria Geral da República (PGR) como um dos incentivadores do movimento de caminhoneiros bolsonaristas que bloqueia as estradas, afirmou que aguarda um “pronunciamento” do presidente Jair Bolsonaro para suspender a paralisação.
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“Informações que nos foram passadas é que ele emitiu um áudio para os caminhoneiros voltarem a trabalhar porque senão ia quebrar o Brasil. Então faz um vídeo com dia e hora e diz que é para parar. Vamos passar para as bases e ver se todo mundo concorda”, disse o foragido ao site da Veja.
Parte dos caminhoneiros não acreditou no áudio divulgado pelo presidente na quarta-feira (8), em que ele pedia que os atos fossem suspensos. O descrédito fez com que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, gravasse um vídeo para confirmar a autenticidade do áudio. Mas não bastou: em grupos de caminhoneiros, muitos adeptos da paralisação acusaram o ministro de agir na contramão de Bolsonaro.
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Nesta quinta-feira, estradas têm sido liberadas – em muitos casos, por ordem judicial. Os bloqueios atrapalharam a distribuição de combustíveis e vacinas contra a Covid-19, além de causarem prejuízos ao setor econômico.
Gomes, o foragido, teve a prisão decretada há mais de uma semana, a pedido da Procuradoria Geral da República, por incitar atos antidemocráticos. Ele teria saído do país ainda no fim de agosto, antes de ser expedido o mandado de prisão. Mesmo procurado, o caminhoneiro foragido participa de gravações e publica regularmente vídeos nas redes sociais, pregando o ódio e mantendo o discurso antidemocrático e inconstitucional.
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