Praia Grande tem razões de sobra para comemorações na semana dos seus 63 anos, celebrados na última segunda-feira (18). O município de 7 mil habitantes do extremo Sul catarinense vive a expectativa dos grandes investimentos que estão a caminho, por conta da concessão dos parques da Serra Geral, em Santa Catarina, e dos Aparados da Serra, no lado do Rio Grande do Sul, para a iniciativa privada.
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A empresa de engenharia e construção Construcap foi a vencedora do processo, propondo pagamento de outorga de R$ 20,5 milhões para investimentos e exploração na área pelos próximos 30 anos. A meta é arrojada: aplicar R$ 269 mlhões, sendo R$ 100 milhões em no máximo dois anos.
Esses planos foram reforçados na última segunda em audiência do diretor da Construcap, Marcelo Skaf, com o prefeito de Praia Grande, Elisandro Pereira, e o secretário municipal de Turismo, Jorge Scandolara.
– A Construcap nos confirmou que começa os serviços já nos próximos dias, que vão trabalhar na infraestrutura, para oferecer receptivo, bares, restaurantes, sanitários e lojas para receber os turistas no lado de Praia Grande e também no lado gaúcho, em Cambará do Sul – afirma o prefeito. – A intenção dos investidores é que os turistas já contem com uma estrutura provisória imediata – destaca.
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Quadruplicar o número de turistas
A Construcap lida com um claro objetivo: – tornar os parques de Praia Grande e Cambará do Sul os mais visitados do Brasil – responde o prefeito. – Nós recebemos aqui 250 mil turistas por ano, eles querem chegar a 1 milhão – emenda. Belezas naturais é o que não faltam para explorar, com destaque para os canyons, com destaque para o Itaimbezinho, com acesso pelo lado gaúcho, e o Fortaleza, no lado catarinense.
Entre as previsões dos investidores, estão, além dos aparatos aos turistas, instalação de mirantes, plataformas de vidro, trilhas autoguiadas e pavimentadas. Atualmente, a estrutura existente é mínima. Há carências de sinalização e não existem nem banheiros, nem lixeiras. A visitação aos parques, atualmente, não é cobrada, mas quando iniciar oficialmente a exploração pela Construcap o acesso custará R$ 50 para um parque e R$ 80 para os dois.
Essa concessão é a primeira do gênero operada pelo Ministério do Meio Ambiente, e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) continuará monitorando a área, com a Construcap devendo seguir todos os regramentos para evitar impacto ao meio ambiente.
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O investimento já aquece a economia de Praia Grande. Terrenos na cidade se valorizaram até 300% nos últimos quatro anos. – Temos muitas consultas de empresários, que querem trazer pousadas e hoteis para cá – entusiasma-se o prefeito Elisandro. O município já vive um momento de crescimento no turismo, com cerca de 60 pontos de hospedagem em operação e crescimento constante nos finais de semana, tanto para os canyons quanto para a observação e os passeios de balões.
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Um problema: o acesso
O então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve no lado gaúcho, em Cambará do Sul, para lançar o edital da concessão posteriormente vencida pela Construcap. – Ressaltamos aqui a importância do ecoturismo – enfatizou, na ocasião, chamando a região de uma “joia” para o Brasil.
Por Praia Grande, o acesso ao canyon Fortaleza se dá por uma estrada municipal de 13 quilômetros. Na sequência, outros 5 quilômetros em estrada de chão e pedregoso, além de falta de qualquer orientação para chegar aos pontos turísticos.
O processo previu investimentos na rodovia de acesso aos parques por Cambará do Sul, mas não por Praia Grande. Tanto que para chegar pelo lado catarinense, continua sendo necessário trafegar pela SC-290, a rodovia da Serra do Faxinal, cuja pavimentação está sendo preparada pelo Governo do Estado.
A intenção do governador Carlos Moisés é lançar o edital para contratar a empresa ainda em agosto, e iniciar as obras no trecho em janeiro de 2022.
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