A praça Victor Konder, onde está a prefeitura de Blumenau, perdeu 21 árvores nesta semana. Elas foram retiradas para dar lugar ao empreendimento turístico Estação Blumenau, a réplica da antiga parada ferroviária que deve abrigar restaurante, padaria e loja. Os cortes foram autorizados pela Secretaria do Meio Ambiente Sustentável (Semmas) e deverão ser compensados pelo plantio de 35 árvores, a maior parte na região da rodoviária.
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Segundo a Insight Engenharia, vencedora da concessão, e a Semmas, a maior parte das árvores era de espécies exóticas. Nem todas faziam sombra aos passantes, havia várias palmeiras no local. A ausência mais percebida é da grande figueira, retirada porque estaria com a saúde prejudicada depois de ter sido atingida por um raio. Não confundir com a muda da antiga figueira da prefeitura, que permanece no local — a empresa queria realocá-la por receio de que as raízes venham a quebrar a calçada, mas o município não permitiu.
De acordo com Robinsom Soares, da Insight, a intenção é recuperar parte da sombra com o plantio de seis árvores da espécie manacá-da-serra, originária da Mata Atlântica e que pode superar os 10 metros de altura. Ela também tem a vantagem de ser ornamental, com flores coloridas. Outras quatro de espécies a definir devem ser plantadas na área da praça, mas em pontos ainda não especificados. Mais 25 árvores serão plantadas nas proximidades da rodoviária, no anel de acesso à Ponte do Tamarindo que passa por baixo da Via Expressa.
Pelo termo com que a Insight concordou, a empresa terá de plantar 35 mudas de árvores já com dois metros de altura. A concessionária da praça também ficará responsável por cuidar das plantas durante dois anos, garantindo que se desenvolvam. Caso isso não ocorra, terão de repetir o plantio.
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A possibilidade de corte das árvores da praça, raro espaço de sombra na área central de Blumenau, vinha preocupando a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena), que chegou a enviar um pedido de informações ao município. Mas a sentença a 17 delas já havia sido dada em 2019, quando o município licitou o espaço. O edital previa a retirada das plantas para abrir espaço à construção, que agora está na fase de limpeza e terraplanagem.
Outras quatro árvores foram retiradas, após autorização, porque a Insight construirá até o tamanho máximo permitido na concessão: 360 metros quadrados. Por outro lado, foram mantidos exemplares considerados valiosos, como um pau-brasil e dois paus-ferro.
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