Blumenau terminou a semana celebrando a compra do Complexo Esportivo do Sesi, encaminhada após o aval do conselho nacional da entidade em reunião na quarta-feira (27). Pouco mais de um ano depois do início das conversas, a novela teve um final feliz para a cidade. Mas o desfecho dela poderia ter sido bem diferente. Por pouco, na verdade, não foi pior.

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Inicialmente, o Sesi nacional tendia a rejeitar a proposta de R$ 31,3 milhões apresentada pela prefeitura. Um parecer contrário chegou a ser elaborado. Como a coluna revelou, havia em Brasília quem defendesse a tese de que a venda deveria incluir não apenas as benfeitorias construídas, mas o próprio terreno. A prefeitura, que cedeu a área à entidade na década de 1970, torceu o nariz. Discordou e avaliou que, nestes termos, não tinha negócio.

> Verba de R$ 31 milhões para a compra do Sesi voltará a Blumenau por outro caminho

Coube ao presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mário Cezar de Aguiar, entrar em campo para resolver o impasse. Crédito para ele, que trabalhou nos bastidores, inclusive com visitas pessoais a Brasília, para convencer o conselho nacional do Sesi de que a venda era um bom negócio para a entidade.

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A articulação deu resultado. Um novo parecer, que ficou pronto na noite de terça-feira (26), véspera da votação, foi finalizado. O documento agora recomendava a venda do complexo. Aguiar fez a defesa da proposta. No fim, os conselheiros a aprovaram por unanimidade. Foi como um gol da vitória aos 45 minutos do segundo tempo.

Um dos principais argumentos da Fiesc para defender a venda, levado à capital federal, foi a mudança de foco na atuação. A entidade passou a se dedicar mais às áreas de educação e promoção da saúde e segurança do trabalhador da indústria. Com isso, o esporte passou a fazer pouco sentido.

— A estrutura foi importante em determinado período, mas hoje não tem mais finalidade — explica Aguiar.

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