Com a volatilidade da bolsa brasileira, diversificar os investimentos é uma das melhores formas de diminuir os riscos do portfólio de ativos. Os fundos são cada vez mais procurados pelos brasileiros devido à praticidade, gestão profissional e fácil acompanhamento.
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É possível investir em fundos de renda fixa, fundos de ações, fundos multimercado, fundos internacionais, fundos ESG, fundos temáticos, fundos lastreados em indexadores (ETFs), entre outros. A melhor maneira de começar a investir nessa modalidade é entender o que são os fundos de investimento.
O que são fundos de investimento
Um fundo de investimento é uma estrutura financeira, através da qual são reunidos os recursos de diversas pessoas, para aplicação em conjunto no mercado. Essa estrutura é comparável a um condomínio. A gestão destes recursos é delegada a um profissional.
— Este gestor fica responsável em investir estes recursos nos ativos financeiros disponíveis no mercado, e todas as suas decisões sobre o que fazer com o capital devem obedecer à política de investimentos do fundo. Portanto, ao investir em um fundo de investimentos, você está delegando a gestão dos seus recursos a um terceiro, que pode assim fazer, de acordo com um conjunto de regras claras e pré-estabelecidas na política de investimentos — Henrique Alves, planejador planejador financeiro certificado que atua na Warren, corretora que é referência no mundo dos investimentos.
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Segundo Alves, é importante destacar que existe uma estrutura bastante sólida por trás dos fundos de investimento, pois possuem vários participantes que garantem a solidez e segurança de todos os envolvidos. Todos os fundos possuem: Gestor, Administrador, Custodiante e Auditor. Além disso, todos os fundos são credenciados e fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Existem diversos tipos de fundos de investimento no mercado, cada um com as suas características e níveis de risco.
Fundos de Renda Fixa:
Os fundos de renda fixa devem aplicar ao menos 80% dos seus recursos em ativos de renda fixa. Estes fundos normalmente são os que possuem um menor risco, uma vez que os ativos financeiros que estão lá possuem uma menor oscilação de preços. Por apresentarem menor variação, são recomendados a pessoas com perfil de risco mais conservador.
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Fundos Multimercados:
Os fundos multimercados, como o próprio nome refere, são fundos que podem investir em diversos mercados. São muitos os ativos que estes fundos podem acessar, com estratégias bastante diferentes de acordo com os gestores. Podem ser escolhidos ativos de renda fixa, câmbio, juros, ações, derivativos, entre outros.
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É sempre importante, ao selecionar um fundo multimercado, observar quais são as expertises dos gestores, experiência, e histórico de resultados. Estes fundos são recomendados para um horizonte de investimento mais longo, normalmente de 3 a 5 anos.
Fundos de Ações:
Nesta modalidade de fundo de investimento, é necessário que ao menos 67% dos recursos sejam investidos em ações negociadas em bolsa de valores. Estes fundos costumam ser os mais agressivos entre as modalidades, pois a volatilidade é maior.
Este tipo de fundo já é indicado para perfis de investidores um pouco mais experientes, e que tenham um horizonte de investimento de, ao menos, 5 anos. Também é possível investir em fundos de ações internacionais.
Fundos Imobiliários:
Estes fundos aplicam os recursos em ativos imobiliários. Eles detém uma carteira de imóveis, de modo que os aluguéis recebidos dos inquilinos pelo fundo são repassados mensalmente aos cotistas.
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Uma característica peculiar destes fundos é que eles são fechados, o que não permite o resgate das cotas, então elas são negociadas abertamente em bolsa de valores. Essa característica faz com que os fundos imobiliários tenham uma variação de preço diária.
Qual o melhor fundo de investimento?
E a resposta para esta pergunta é: depende. Não existe um fundo que seja melhor para todos os investidores, mas os melhores para cada perfil de risco e para cada objetivo de investimento. Um investidor mais conservador não deve alocar grande parte dos seus recursos em fundos de renda variável, pois as oscilações podem lhe tirar algumas noites de sono.
— O que devemos fazer é avaliar os fundos de investimento de acordo com o nível de risco que apresentam, considerando também o tempo pelo qual o recurso ficará investido. Quanto menor o tempo que você pode deixar o capital investido, menor é o risco que você pode correr. Agora, se o seu horizonte de investimento é longo, há a possibilidade de utilizar veículos com um risco (volatilidade) maior — explica Henrique Alves.
O planejador financeiro lembra que a diversificação é uma palavra muito importante nos investimentos para diminuir o risco geral da carteira e garantir um sono tranquilo quando as coisas se agitam no mercado. Antes de aportar recursos em um fundo, o investidor deve procurar informações sobre a gestora, qual a performance durante períodos de oscilações mais bruscas, qual a estratégia de escolha do gestor e verificar se está de acordo com seu perfil de investimento. Taxas para aplicação e performance, assim como o montante mínimo, também devem ser levados em consideração.
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