
VACINA SIM!
Confira o que pode acontecer ao não receber o imunizante completo contra o coronavírus
Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, a aplicação da primeira dose na população já alcançou 48,92% da abrangência em Santa Catarina. Apesar de ter chego em quase metade dos moradores do Estado, para que a imunização seja completa, é necessário tomar também a segunda dose. Mas quais os riscos de não tomar a segunda dose da vacina contra o coronavírus?
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Como já foi dito, um dos principais riscos de não tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 é não ficar totalmente imunizado, já que é só a partir dela que os anticorpos conseguem fazer o trabalho deles para agir contra o vírus.
Em Santa Catarina, até o momento da publicação desta matéria, apenas 19,30% da população tomou a segunda dose e/ou a dose única da vacina que protege contra o vírus da Covid e as variantes dele. Ou seja, o número não chega nem a metade dos que já receberam a primeira dose.
De acordo com a professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mestre em Saúde Pública e Doutora em Enfermagem, Felipa Amadigi, existem três principais motivos de as pessoas não tomarem a segunda dose do imunizante e também os riscos de não ter tal atitude.
Ter tomado a primeira dose não significa que a pessoas já está imunizada contra o vírus. Por isso é necessário continuar tomando todos os cuidados até chegar o momento de aplicação da segunda dose do imunizante.
De acordo com Amadigi, além de adoecer, é possível que a pessoa que tomou apenas a primeira dose da vacina contra a Covid-19 contraria o vírus e apresente um quadro grave da doença, o que é evitado a partir de 28 dias após a segunda dose do imunizante.
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Além disso, sem a segunda dose, Amadigi também afirma que a pessoa também não estará imunizada e/ou produzindo anticorpos para que a imunização seja completa, sendo assim, só a primeira dose não irá ser suficiente contra o coronavírus. A não ser que a pessoa tenha tomado a vacina de dose única, sendo no Brasil, a da Janssen.
Inclusive, quando a pessoa recebe apenas a primeira dose do imunizante contra o vírus, e possível que a imunidade dele fique mais baixa por causa dos efeitos colaterais da vacina, já que os anticorpos estão trabalhando para a imunização. Isso aumenta as chances de contrair outras doenças.
Amadigi também lembra que quando se fala em imunidade geral da população, está sendo falado sobre as duas doses aplicadas, e não apenas uma. É apenas com a aplicação delas que vai se garantir a “imunidade do rebanho” de 75% da população. Só assim irá ser possível alcançar a expectativa de voltar para as atividades normais e até para o abandono das máscaras.
Além dos riscos citados acima, o não recebimento da segunda dose da vacina contra a Covid-19 faz com que o vírus continue circulando e sofra mutações, ocasionando a criação e descoberta de novas variantes que continuam infectando a população, dificultando a imunização geral.
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De acordo com a Mestre em Saúde Pública, existem muitos relatos de pessoas que não querem tomar a segunda dose da vacina pois tiveram diversos efeitos colaterais ao receber o imunizante pela primeira vez. No entanto, Amadigi lembra sobre um estudo onde uma pesquisa apontou que as reações da segunda dose da vacina contra a Covid-19 são quase nulas ou inexistentes. Porém, tudo vai depender do sistema imunológico de cada um.
Ou seja, a tendência é de que quem tomar a segunda dose do imunizante não tenha reações ou efeitos colaterais adversos como pode ter tido da primeira vez.
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