Uma operação da Polícia Federal em Balneário Camboriú na sexa-feira (11) apreendeu, por ordem da Justiça Federal do Mato Grosso, um McLaren 570S Spider, superesportivo de luxo que pode custar até R$ 4 milhões em cotação atual. Segundo a polícia, o carrão pertence ao suspeito de chefiar um “banco do crime”, organização que financia ações criminosas. Esta não é a primeira vez que veículos de alto valor são apreendidos em operações na cidade.
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O caso mais curioso é o da Lamborghini Gallardo, avaliada em R$ 1 milhão, que foi apreendida duas vezes em Balneário Camboriú pela PF em ocorrências diferentes – a primeira delas em 2017, em uma operação contra o tráfico internacional de drogas. A segunda no ano passado, quando investigações indicaram suspeitas de que o carrão teria sido comprado da Justiça em nome de um laranja.
A apreensão original ocorreu no âmbito da Operação Oceano Branco, que desarticulou uma quadrilha especializada em enviar drogas ao exterior pelos portos de Santa Catarina. Uma pequena coleção de carros de luxo foi apreendida com os alvos da ação policial.
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O dono da Lamborghini, que foi preso, tentou recuperar o superesportivo na Justiça mas não conseguiu. Desde 2006, a lei determina que bens apreendidos ou sequestrados em investigações de tráfico de drogas só são devolvidos se o dono comprovar que a compra foi feita de forma lícita.
O carro foi então enviado para leilão judicial, autorizado pela 1ª Vara Federal de Itajaí, com lance mínimo de R$ 700 mil. Como nenhum interessado se apresentou, o carro foi enviado para venda direta – um tipo de negociação em que o bem apreendido é oferecido com desconto de até 80% do valor original. A Lamborghini foi comprada por por R$ 589 mil à vista, mais R$ 24 mil de comissão ao leiloeiro. Um total de R$ 613 mil.
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Quando apreendeu novamente o superespotivo, em julho de 2021, a a Polícia Federal informou haver “injustificável divergência patrimonial entre o pagamento à vista do veículo de luxo e a renda da adquirente”. A Lamborghini foi localizada na garagem de um edifício de classe média, longe dos “endereços ostentação” de Balneário Camboriú.
Viaturas de luxo
Outra apreensão que repercutiu foi a do Porsche Cayenne e do Mercedes-Benz C63S, recolhidos em 2018 na operação que prendeu um foragido da Justiça, acusado de chefiar o tráfico de drogas em Goiás, que vivia com a família uma vida de luxo e ostentação em Balneário Camboriú, usando documentos falsos.
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Em 2019, a Justiça cedeu os dois veículos para uso da Polícia Militar de Santa Catarina. O Porsche ficou com o 12º Batalhão, em Balneário Camboriú, e o Mercedes foi cedido à Polícia Militar Rodoviária. Na época, era a viatura mais rápida do Brasil: com motor de 510 cavalos, faz de zero a 100 km/h em quatro segundos.
No ano passado, os carrões foram devolvidos pela PM à Justiça para serem leiloados. O Porsche foi arrematado por valor sigiloso, e o Mercedes-Benz teve proposta insuficiente e será leiloado novamente.
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