Santa Catarina encerrou o período de janeiro a julho do ano com alta acumulada de 5,5% no Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC), calculado pelo Banco Central e considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O mesmo resultado foi alcançado pelo estado do Pará enquanto a média nacional ficou em 2,9%. O índice regional foi divulgado nesta quarta-feira (24).
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Esse indicador é composto pelas pesquisas do IBGE sobre produção industrial, comércio ampliado e serviços, além da agropecuária e outros dados. Depois de SC e do Pará, o Paraná veio na sequência com alta de 5%, Goiás cresceu 4,7% e Espírito Santo 3,9%.
Apesar do crescimento no acumulado do ano, o IBCR mostra perda de ritmo de atividade desde abril em SC, observa a Federação das Indústrias do estado (Fiesc). No mês de julho em relação a junho, a atividade ficou estável no estado. Mas em junho frente a maio, a economia recuou -0,1%. Em maio em relação ao mês anterior a queda ficou em -0,3% e em abril frente a março a retração mostrada pelo indicador alcançou -1,3%.
Na avaliação do presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, a desaceleração era esperada pelo elevado nível da taxa de juros, que deverá permanecer até o final de 2025. Mas o desemprenho também se deve, em parte, aos efeitos do tarifaço aos produtos brasileiros.
– Os Estados Unidos são o principal destino das exportações do estado. As vendas de Santa Catarina para os Estados Unidos recuaram 19,5% em agosto, em relação a igual período do ano passado – destacou o presidente da Fiesc.
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Apesar do menor ritmo, no período de janeiro a julho, o setor de serviços liderou crescimento em SC, com alta de 4,3% no ano até julho. Em 12 meses, acumulou crescimento de 5,6%. A maior alta no ano foi no grupo de serviços prestados às famílias, de 7,1%.
Em SC, a produção industrial liderou o crescimento de janeiro a julho deste ano, com alta de 4%. Em 12 meses até julho, avançou 5,3%. O maior crescimento foi alcançado no grupo de produtos de metal, com alta de 18,1% no ano.
O varejo ampliado cresceu no ano 3,7% e teve alta de 5,2% em 12 meses, apurou a pesquisa mensal do IBGE. O grupo de Outros produtos pessoais e domésticos liderou alta no ano, com 13,7%.
O indicador mostrou que o ritmo de crescimento está menor, com impacto da taxa de juro Selic em 15% ao ano e também efeitos da maior tarifa nas exportações aos Estados Unidos, que foram anunciadas em julho e já impactaram em alguns setores.
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O indicador foi apurado pela Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Sicos). O governador Jorginho Mello comentou o resultado, destacando a solidez da indústria, o agronegócio e o turismo. O secretário da Sicos, Silvio Dreveck, destacou que os investimentos do governo estadual, em infraestrutura, energia e segurança também estão ajudando a puxar os resultados para cima.
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