Fabricante de compressores de ar e autopeças para grandes veículos, a joinvilense Schulz atingiu a marca de R$ 2 bilhões na receita operacional bruta consolidada de 2021, um crescimento de 59,7% frente a 2020 – quando o resultado havia sido de R$ 1,3 bilhão. Em termos de receita líquida, o desempenho foi semelhante, com avanço de 62,3% – de R$ 1 bilhão para R$ 1,7 bilhão. Já o lucro líquido subiu 35,9%, de R$ 141,8 milhões para R$ 192,7 milhões. Os números constam no recém-divulgado balanço financeiro da companhia.
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Segundo a própria Schulz, a boa performance foi puxada pelas duas divisões de negócios – automotiva e de compressores. A empresa informou que “retomou seu ritmo quase normal a partir do quatro trimestre de 2021”. Pesaram a favor o restabelecimento da confiança do mercado após um período mais duro da pandemia e um planejamento de compras bem executado, “com estocagem de matéria-prima e abastecimento eficaz nos centros de distribuição do Brasil e dos Estados Unidos”, acrescentou a companhia.
No mercado interno, cujas vendas cresceram 69,7%, houve avanço gradual de demanda provocado pelo aquecimento de vendas de produtos industriais na divisão de compressores, o que segundo a empresa indica o retorno do investimento na indústria e aumento da capacidade produtiva. Foi verificada ainda boa demanda na divisão automotiva, em especial no agronegócio, em equipamentos para construção pesada e no transporte rodoviário de cargas.
No exterior, as vendas retornaram a um patamar de quase normalidade, informou a Schulz, embora ainda estejam afetadas por impactos econômicos causados pela pandemia e incertezas políticas, principalmente na América Latina. O destaque ficou por conta da conquista de novos clientes no Estados Unidos.
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A empresa investiu R$ 132,6 milhões em 2021, aporte voltado a inovações, novos produtos e ampliação do parque fabril. Apesar dos bons resultados financeiros, a empresa alertou para a alta de custos nas matérias-primas, decorrente de menor oferta causada pela alta do dólar e do crescimento dos custos de transporte em função dos aumentos nos combustíveis no Brasil. Na China, a Schulz relatou dificuldades para embarcar pedidos de exportação devido às condições de logística e rotas. Os obstáculos acabaram amenizados pela boa performance de receitas, informou a companhia.
“Nossa expectativa é que a Schulz continue na rota de crescimento, conforme se verifica neste momento pelo nível elevado de compras e boa demanda. Vislumbramos cenário positivo para as divisões de compressores, em razão da retomada gradual de crescimento econômico, e na automotiva, a partir da demanda crescente para o agronegócio, principal foco da cadeia automotiva para caminhões pesados e para máquinas agrícolas”, destacou a empresa.
Fundada em 1963, a Schulz tem mais de 3 mil funcionários. Presente em mais de 70 países, a empresa mantém operações de fundição, usinagem, pintura e fabricação de compressores em Joinville, além de centros de distribuição. No mercado internacional, conta com um centro logístico e comercial de compressores em Atlanta, nos Estados Unidos, uma trading e uma fábrica de compressores em Xangai, na China, e armazéns alfandegados na Europa, Estados Unidos e Canadá.
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