A renúncia confirmada nesta quinta-feira (30) pelo Clube Atlético Tubarão oficializou o encerramento do período de Luiz Henrique Martins Ribeiro à frente da equipe. Questões de saúde levaram o profissional a deixar o clube startup, que ganhou espaço no futebol catarinense nas últimas temporadas. Em entrevista ao Debate Diário, o ex-presidente da Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina falou sobre a saída.

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— Em março do ano passado, comecei a sentir muitas dores abdominais e no tórax. Nível de ansiedade alto pelo trabalho, resultados, e tudo que envolve futebol. Passei por exames e não consegui detectar nada até ir a um psiquiatra em novembro. Descobri uma Síndrome de Burnout e uma depressão de nível médio. Alerto as pessoas da minha idade, por volta de 40 anos. É uma doença silenciosa e perigosa. Venho me tratando, fiquei afastado e não me senti mais em condições de desempenhar as minhas funções em alta intensidade, na sua plenitude — comenta Luiz Henrique.

Ouça o Debate Diário desta quinta-feira (30):

Com a renúncia de Luiz Henrique Martins Ribeiro, quem fica no comando do Tubarão é o executivo Joca Zappoli. A empresa K2 Soccer, que comanda o clube, garante que o compromisso e a continuidade do projeto, em nota publicada no site oficial. Durante o Campeonato Catarinense, a equipe do Sul do Estado teve dificuldades com o pagamento de salários e até protesto dos jogadores.

— Era como ver meu filho doente e não poder ajudar. Não pude estar lá e ajudar. Fiquei esperando alguma coisa acontecer, mas sem poder fazer nada. Nós construímos tudo no Tubarão de forma conjunta, ouvindo as pessoas e suas ideias. Fizemos muitas coisas boas, conheci pessoas fantásticas. Quando comecei no futebol me disseram que eu poderia adquirir inimigos, mas na verdade fiz muitos amigos — lembra Luiz Henrique.

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